Atendimento das UPAs vira debate entre vereadores na Câmara de Curitiba

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 10/04/2024 17h35, última modificação 11/04/2024 08h36
João da 5 Irmãos, Alexandre Leprevost e Maria Leticia mostraram preocupação com os atendimentos nas UPAs de Curitiba.
Atendimento das UPAs vira debate entre vereadores na Câmara de Curitiba

Presidente da Comissão de Saúde, João da 5 Irmãos mostrou preocupação com a dengue no Cajuru. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

“Os casos de dengue e as doenças respiratórias comuns da troca de estação têm gerado aumento na procura [das unidades de saúde]. A secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella, tem se esforçado, está pronta para atender, mas temos que ter esses alertas, e sugerir mais profissionais momentaneamente”, disse João da 5 Irmãos (MDB), presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta quarta-feira (10).

Olhando para a realidade da Regional Cajuru, que é o distrito de Curitiba com mais casos confirmados de dengue, João da 5 Irmãos mostrou preocupação com o descarte irregular de lixo como fator de infestação e sugeriu à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) remanejar equipes para reforçar o atendimento da UPA. “Temos que fazer esse alerta”, defendeu João da 5 Irmãos. Além dele, Maria Leticia (PV) e Alexandre Leprevost (União) abordaram o assunto. Mais cedo, a Tribuna Livre abordou a Central Saúde Já, de teleatendimento, que é uma opção para desafogar o atendimento das UPAs.

“Os números preocupam. Não dá para tapar os olhos, temos que agir”, disse Leprevost, que, sendo membro da Comissão de Saúde, pediu ao presidente do colegiado, João da 5 Irmãos, uma agenda do grupo com a secretária Battistella. “Acho que a conta não fecha, porque os números da dengue são baixos perto do tamanho do sistema [SUS de Curitiba]”, comentou o parlamentar. Hoje, o Painel da Dengue, com dados fornecidos pelo Executivo, registra 2.749 casos de dengue confirmados e 2.602 em investigação, em todas as regionais das cidade. Das 11 mil suspeitas registradas até aqui, 6 mil foram descartadas.

“Não estamos falando mais de pandemia”, argumentou a vereadora Maria Leticia (PV), “mas de uma sindemia, que é uma conjunção de vários tipos de doenças, que ao acontecerem juntas provocam mais danos que se estivesse ocorrendo individualmente”. Embasada em relatórios da Secretaria Municipal da Saúde, a vereadora afirmou que, enquanto as equipes da Saúde aumentaram 3%, os atendimentos subiram 47%. “Se eu tenho recursos, mas não tenho pessoal, qual é o resultado? As pessoas estão morrendo”, disse a parlamentar.