Aprovada inclusão da Bienal de Quadrinhos de Curitiba no calendário

por José Lázaro Jr. — publicado 12/09/2023 11h00, última modificação 12/09/2023 16h48
Vereador Nori Seto obteve apoio unânime para a Bienal de Quadrinhos de Curitiba. CMC aprovou também a Declaração de Utilidade Pública à FreeHelper.
Aprovada inclusão da Bienal de Quadrinhos de Curitiba no calendário

Vereador Nori Seto fez o pedido para inclusão da Bienal de Quadrinhos no calendário oficial. (Foto: Carlos Costa/CMC)

Por unanimidade, nesta terça-feira (12), os vereadores aprovaram a inclusão da Bienal de Quadrinhos de Curitiba no calendário oficial de eventos da capital do Paraná. A iniciativa foi trazida para a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) pelo vereador Nori Seto (PP), que destacou o protagonismo da cidade nessa arte e a relevância do evento para o setor turístico. “Como filho de quadrinista e ilustrador, eu sei da importância de eventos como esse [para os artistas]”, disse o parlamentar, que é filho de Claudio Seto, renomado quadrinista e artista plástico, considerado um dos introdutores do estilo mangá no Brasil.

“A inclusão da Bienal de Quadrinhos no calendário oficial enaltece os talentosos quadrinistas da cidade e confere um reconhecimento justo para esse evento que já atraiu, somando suas edições, um público superior a 125 mil pessoas”, destacou Nori Seto. O vereador parabenizou a organização do evento, pela conclusão da sétima edição, realizada de 7 a 10 de setembro, no Museu Municipal de Arte, pelo protagonismo feminino na curadoria, pela atração de autores internacionais e pelo público de 15 mil pessoas, depois de cinco anos sem eventos presenciais em razão da pandemia de covid-19.

“Desde a edição inaugural, em julho de 2011, a Bienal de Quadrinhos de Curitiba se consolidou como um dos mais relevantes encontros do setor no Brasil e um dos eventos que mais atrai turistas para a cidade, ressoando para além das fronteiras estaduais e nacionais e elevando não apenas a arte dos quadrinhos, mas também a cidade de Curitiba ao patamar de referência nesse segmento cultural. A Bienal de Quadrinhos é um farol de criatividade, inovação e expressão cultural”, justificou Nori Seto. A inclusão do evento no calendário oficial dá respaldo aos organizadores junto ao poder público, facilitando a mobilização de apoios para sua realização. Neste ano, a coordenação coube a Luciana Falcon, Greice Barros e Gilmar Kaminski.

Em plenário, o vereador Jornalista Márcio Barros (PSD) disse para Nori Seto que a aprovação do projeto “é o legado do seu pai”, lembrando que trabalhou com Claudio Seto nos jornais da cidade. “Temos grandes nomes dos quadrinhos em Curitiba”, reconheceu o parlamentar. A parlamentar Giorgia Prates - Mandata Preta (PT) elogiou a inclusão da Bienal de Quadrinhos no calendário oficial e a fala introdutória de Nori Seto, que ao falar da contribuição dos imigrantes para a constituição de Curitiba citou as populações africanas em par de igualdade às culturas japonesa, italiana, alemã, polonesa e ucraniana. O projeto volta ao plenário nesta quarta, para confirmação em segundo turno (005.00022.2023). Hoje, em primeiro turno, foram 24 votos favoráveis.

Plataforma FreeHelper ganha Declaração de Utilidade Pública de Curitiba

Com 28 votos favoráveis, foi aprovada a concessão da Declaração de Utilidade Pública de Curitiba para a startup FreeHelper Soluções Sociais. Segundo a autora da iniciativa, Professora Josete (PT), a iniciativa curitibana tem alcance nacional, conectando profissionais que desejam ajudar o Terceiro Setor às organizações que precisam de suporte para o desenvolvimento das suas ações. “A FreeHelper foi fundada em 2018 e hoje atua em todo o país, [tendo ajudado] mais de 500 ONGs e impactado 4 milhões de pessoas” (014.00020.2023).

“Por meio da plataforma, as entidades podem solicitar ajuda profissional e pessoas que podem doar conhecimento fazer o seu cadastro. Assim a FreeHelper conecta quem deseja ajudar e quem precisa de ajuda. Existem muitas entidades que fazem um trabalho social importante, mas não têm o know-how para participar de editais e chamamentos públicos”, justificou Josete. Emitida pela CMC, a declaração funciona como um atestado de bons antecedentes, sendo requerida para a realização de convênios das entidades com o poder público.