A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) analisa um projeto de lei do vereador Nori Seto (PP) que cria a Campanha Municipal de Prevenção e Controle da Disfunção Musculoesquelética conhecida como “pescoço de celular” ou “pescoço tecnológico”. A ação seria realizada anualmente na semana do dia 16 de outubro, em referência ao Dia Mundial da Coluna, e integra um conjunto de atividades previsto para o mês de outubro. A iniciativa busca conscientizar a população sobre os impactos do uso prolongado de dispositivos eletrônicos na postura e na saúde da coluna cervical (005.00664.2025).

Pelo projeto de lei, a campanha incluiria palestras, seminários, mutirões de atendimento em unidades de saúde e a difusão de orientações sobre postura correta, pausas regulares e exercícios de alongamento e fortalecimento. As sedes da administração pública também poderão ser iluminadas em verde-claro, cor escolhida para simbolizar a prevenção ao problema.

Na justificativa, Nori Seto destaca que o uso contínuo de celulares tem provocado alterações posturais significativas, especialmente entre crianças e jovens. Segundo ele, “a disfunção conhecida como pescoço tecnológico causa dores fortes na parte superior dos ombros e pescoço e pode evoluir para condições mais graves”. 

Dados citados pelo vereador indicam aumento de casos de afastamento por doenças relacionadas à coluna, o que reforça a necessidade de medidas educativas. “Avizinha-se uma grande epidemia de patologias da coluna vertebral, principalmente a cifose cervical, considerando o tempo de exposição às telas”, afirma.

A proposta também ressalta a importância da prevenção e de práticas simples para reduzir os impactos do uso de dispositivos eletrônicos. "A melhor forma de tratar a síndrome do pescoço de texto seria evitar o uso dos aparelhos eletrônicos que estão na sua origem, no entanto, como essa não é uma opção válida, o melhor consiste em fazer alongamentos e exercícios que aliviem a pressão sobre a região do pescoço, além de restringir ao mínimo o uso dos aparelhos”, sugere o parlamentar.

As ações previstas poderão contar com a colaboração de escolas, unidades de saúde, instituições de ensino superior e organizações da sociedade civil. O projeto ainda determina que as atividades sejam realizadas preferencialmente.

O projeto de lei foi protocolado no dia 17 de setembro e já está tramitando nas comissões temáticas da Câmara de Curitiba. Se aprovado pelos parlamentares e sancionado pelo prefeito, o projeto entra em vigor 30 dias após sua publicação. Confira na imagem abaixo como é o trâmite de um projeto de lei na Câmara Municipal de Curitiba. 

*Matéria elaborada pela estudante de Jornalismo Julia Yamane*, especial para a CMC.
Supervisão do estágio: José Lázaro Jr.
Edição: José Lázaro Jr.
**Notícia revisada pelo estudante de Letras Gabriel Kummer
Supervisão do estágio: Ricardo Marques