Vereadores voltam a debater bilhetagem eletrônica nos ônibus

por Assessoria Comunicação publicado 12/11/2018 13h15, última modificação 03/11/2021 07h08

A proposta em tramitação na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), protocolada pelo Executivo e que pretende estabelecer a exclusividade da bilhetagem eletrônica no transporte coletivo da capital, foi novamente debatida na sessão plenária desta segunda-feira (12). Na opinião do vereador Chicarelli (DC), deveria ocorrer uma substituição gradual dos pontos onde há a presença de cobradores para a bilhetagem eletrônica. A medida proposta pela prefeitura (005.00149.2018) está em tramitação desde o mês de outubro (leia mais).

Chicarelli disse que irá cobrar do Executivo informações como o número de funcionários que poderão ser demitidos, quais linhas serão afetadas pela medida, qual o impacto no valor da tarifa técnica repassada às empresas operadoras do transporte coletivo e qual o benefício da medida à população. “Vou cobrar da Urbs e do líder do prefeito [Pier Petruziello – PTB] que se retire esse projeto até que a Urbs se prepare para fazer de uma forma adequada”, falou. Para Chicarelli, é preciso ainda investir na ampliação dos pontos de venda do cartão transporte e em outras modalidades para pagamento da tarifa.

“A população está totalmente a favor do trabalhadores, contra esse absurdo”, declarou o vereador Rogério Campos (PSC), que se manifestou contrário à medida proposta pelo Executivo. Para ele, os cobradores desempenham um papel importante ao auxiliar o trabalho dos motoristas e na ajuda aos idosos, às pessoas com deficiências, ou aqueles que não sabem ler “e precisam achar o seu destino”. Na opinião de Campos, a população “não tem nenhuma vantagem se essas pessoas perderem seus postos de trabalho”, pontuou. Rogério Campos citou ainda enquete realiza pelo perfil da vereadora Noemia Rocha (MDB), em uma rede social, com “quase 700 comentários a favor do emprego do cobrador”.

Líder da oposição na Câmara, Noemia Rocha subiu à tribuna e argumentou que ao pretender ser uma “gestão moderna”, o “prefeito tem que gerar emprego e não desemprego”. A falta de indicativos de que a exclusividade de bilhetagem eletrônica trará impacto na tarifa técnica foi criticada pela vereadora. “Quem está levando vantagem ou lucros com essa questão? Lógico que são os empresários”, afirmou. Ela acredita que mesmo a base de apoio ao prefeito irá votar pela derrubada do projeto.