Vereadores vão à Polícia Federal e Justiça contra “crime eleitoral”

por Pedritta Marihá Garcia — publicado 11/11/2020 17h15, última modificação 11/11/2020 21h54
Comunicado foi feito durante o pequeno expediente da sessão remota desta quarta.
Vereadores vão à Polícia Federal e Justiça contra “crime eleitoral”

Vereadores reclamaram, em plenário, que têm sido alvo de “crime eleitoral” às vésperas das eleições municipais. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Durante grande parte do pequeno expediente da sessão remota desta quarta-feira (11), vereadores que integram a base do governo municipal denunciaram ao plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) que têm sido alvo de “crime eleitoral”. O debate foi iniciado por Serginho do Posto (DEM), ex-presidente do Legislativo, que comunicou ter entrado com um boletim de ocorrência na Polícia Federal nesta terça-feira (10), juntamente com outros pares. 

Em fala “sincera”, Serginho do Posto disse que a democracia não merece o que “tem acontecido nos últimos dias”. A ocorrência foi formalizada contra uma empresa da Cidade Industrial de Curitiba que teria sido, segundo o vereador, contratada para divulgar “inverdades” contra ele e outros parlamentares. “Isso é crime eleitoral. Estamos buscando todas as instâncias jurídicas para combater este tipo de situação”, afirmou categoricamente.        

Também citados no material que estariam sendo distribuído/divulgado em alguns bairros da cidade, Ezequias Barros (PMB), Osias Moraes (Republicanos) e Colpani (PSB) comunicaram que vão acionar as autoridades sobre o que também consideram “crime eleitoral”. Já Julieta Reis (DEM), Maria Manfron e Oscalino do Povo, ambos do PP, se somaram aos colegas, em apoio ao ex-presidente da CMC. 

“Fiz parte daqueles vereadores heróis que, na oportunidade, votaram o ajuste fiscal forçosamente na Ópera de Arame. Nós sabemos muito bem quem está por trás disso. Estamos sendo perseguidos: os vereadores que participaram daquele verdadeiro ato de heroísmo”, avisou o parlamentar do PSB, que também denunciou ataques à sua imagem nas redes sociais à Justiça Federal e “irá até às últimas consequências”. 

“Todos aqueles que estão com suas fotos estampadas neste material devem, também, processar e entrar na Polícia Federal contra esta corja que quer denegrir a imagem dos vereadores e vereadoras desta cidade”, reclamou Osias. “Também tenho tido meu rosto, a minha cara estampada em material dizendo que votei contra o povo. Votei pela cidade, votamos pela cidade. [São] pessoas que não fazem nada pela cidade, que não aparecem, não têm CPF. É muito fácil denegrir”, criticou Barros.

Para Julieta Reis, contratar um carro de som para “denegrir a imagem de pessoas honestas” é uma atitude antidemocrática. “É uma atitude antipolítica, que nós todos temos cada vez que trabalhar contra. Não podemos aceitar um crime eleitoral cometido por uma política rasteira. Nós queremos saber quem foi que contratou a empresa da CIC para denegrir a imagem de vereadores na cidade, às vésperas da eleição”, finalizou. 

Restrições eleitorais

A cobertura jornalística dos atos públicos do Legislativo será mantida, objetivando a transparência e o serviço útil de relevância à sociedade. Também continua normalmente a transmissão das sessões plenárias e reuniões de comissões pelas mídias sociais oficiais do Legislativo (YouTubeFacebook e Twitter). Entretanto, citações, pronunciamentos e imagens dos parlamentares serão controlados editorialmente até as eleições, adiadas para o dia 15 de novembro de 2020, em razão da pandemia do novo coronavírus.

Em respeito à legislação eleitoral, não serão divulgadas informações que possam caracterizar uso promocional de candidato, fotografias individuais dos parlamentares e declarações relacionadas aos partidos políticos. As referências nominais aos vereadores serão reduzidas ao mínimo razoável, de forma a evitar somente a descaracterização do debate legislativo (leia mais).