Vereadores alertam às 37 mortes causadas por dengue no Paraná

por Assessoria Comunicação publicado 11/03/2020 15h45, última modificação 19/11/2021 07h41

As 37 pessoas que perderam suas vidas no Paraná em decorrência da dengue no último ano – 14 delas apenas nas duas últimas semanas - serviram de alerta para o debate nesta quarta-feira (11) sobre a prevenção à doença que já contabilizou 52 mil casos no Estado, conforme os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde e comentados pelo vereador Osias Moraes (Republicanos), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

“O que muito me preocupa são as mortes acontecendo. Em Marechal Cândido Rondon, uma adolescente de 14 anos, com toda a vida pela frente, estudante, com sua família. Imagina você perder uma adolescente, na flor da idade, com um sonho pra construir, por uma doença chamada dengue”, lamentou Moraes. Só na capital, relatou ele, os casos passaram de 23 para 93 em 2020, comparando com o ano anterior. “Nossa Secretaria [Municipal] da Saúde tem trabalhado junto para combater. Precisamos do apoio de todos, o apoio da nossa população. 80% dos focos da dengue estão nos domicílios”, disse o parlamentar, alertando à água parada em lixeiras, calhas e cacos de vidro.

A situação de imóveis abandonados foi ressaltada pelo vereador Herivelto Oliveira (Cidadania). Segundo ele, é grande a preocupação dos moradores com terrenos que oferecem risco por conta de pneus e latas com água parada. “Realmente é fundamental que Curitiba, uma cidade que é um município modelo em muitas políticas, também comece uma campanha efetiva para cacos de vidro, lixeiras, toda sujeira que temos na cidade”, pontuou. Ele sugeriu a realização de um mutirão de combate ao mosquito transmissor da dengue. “Como no caso do Covid-19, que estamos falando para que as pessoas lavem as mãos, no caso da dengue, [recomendamos] que as pessoas usem repelente e evitem a contaminação”, acrescentou Bruno Pessuti (PSD).

O vereador Edson do Parolin (PSDB) reforçou o pedido para que imóveis em situação de abandono sejam vistoriados pelo poder público, para evitar o acúmulo de água parada, que pode servir de foco para a proliferação do mosquito da dengue. Ele citou o caso de um posto de combustíveis desativado na rua Brigadeiro Franco que, além de servir de espaço para usuários de drogas, ainda serve para acúmulo de água. “Os moradores ligam para o 156, a Prefeitura diz que é propriedade particular e que não pode fazer nada. Mas tinha que ter uma lei que forçasse eles [os proprietários] a fazerem”, reivindicou o parlamentar, ressaltando ainda as medidas preventivas tomadas pelos moradores na região do Parolin.