Tribuna livre: Correios apuram suposta morte de cachorra por carteiro

por Assessoria Comunicação publicado 03/04/2019 16h45, última modificação 05/11/2021 08h37

Nesta quarta-feira (3), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) recebeu a visita de Jonas Paulo Kusminski, gerente de atividades dos Correios. A convite da vereadora Katia Dittrich (SD), ele compareceu à Tribuna Livre, para tratar do incidente que resultou na morte da cachorra Menininha, atingida no dia 14 de abril por uma pedra que teria sido lançada por um carteiro. O fato foi comentado por Kátia no dia 19. Ela divulgou na oportunidade a #SomostodosMenininha. Ainda segundo Kátia, no dia 6 de maio será realizada uma audiência pública sobre o tema.

Paulo Kusminski declarou que a empresa Correios é amiga dos animais e não concorda com o que aconteceu à cachorrinha. “Instalamos um processo administrativo que está na fase de defesa”, explicou ele. O empregado envolvido foi afastado de suas atribuições rotineiras até a conclusão das apurações. “Temos várias ações de treinamento e capacitação para que essas situações não aconteçam”, disse o gerente de atividades dos Correios. Ele lembrou que durante a gestão do prefeito Gustavo Fruet foi aprovado o projeto que instituiu o Dia Municipal de Prevenção à Mordedura Canina, que passou a ser comemorado no dia 17 de agosto de cada ano.

Ele comentou que em 2018 foram 57 mordeduras, sendo 21 em Curitiba. “Um dos casos, inclusive, foi o de uma funcionária que quase perdeu o seio em função da mordida do cachorro”, informou Kusminski. Ainda de acordo com ele, em 2019 já houve 16 casos, sendo 6 em Curitiba. Ele informou que estão previstas parcerias entre os Correios, a Copel, a Cavo e outras entidades para tratar do assunto. “Quando acontece o incidente, a gente dá apoio médico e psicológico e também aciona o dono do cachorro. Tem uma lei de proteção à mordedura canina, mas infelizmente nem todos cumprem”. Ainda de acordo com ele, os Correios promovem palestras e mantém um grupo de teatro que aborda esse assunto.

Colpani (PSB) disse que o carteiro já enfrenta muitas dificuldades na execução do seu trabalho. Os cães são mais uma delas. “Tenho cachorro em casa, mas tomamos providências, somos responsáveis”, disse ele. Para Fabiane Rosa, a responsabilidade é do tutor. Ela lembrou do caso de uma tutora irresponsável que deixava seus cães na rua. “A guarda responsável é fundamental”, afirmou. Fabiane entende que é necessário entender a motivação que levou o carteiro a tomar aquela atitude. “Donos também devem ser responsabilizados”, disse a vereadora. Maria Letícia Fagundes (PV) atentou para o número de animais soltos nas ruas, alguns com donos, outros não. Oscalino do Povo (Pode) entende que o debate deve ser ampliado e população informada sobre o tema.

Edson do Parolin (PSDB) reconheceu que em sua comunidade há muitos cães que perambulam pelas ruas, mas acredita que campanhas de conscientização possam resolver o problema. Noemia Rocha (MDB) salientou que apesar da conduta do carteiro não ter sido a mais acertada, é necessário tentar entender a responsabilidade dos donos. Professora Josete entende que devemos avançar no processo de conscientização quanto à guarda responsável. “Devemos garantir a proteção dos animais e das pessoas. Carteiros e carteiras estão à mercê desse risco todos os dias”, observou a parlamentar.