Segundo cardiologista, 70% das doenças têm origem nutricional

por Assessoria Comunicação publicado 25/09/2019 16h25, última modificação 10/11/2021 08h46

“Dados apontam que 70% das doenças que afligem as pessoas têm origem nutricional”, disse o médico cardiologista Mário Maranhão, que esteve na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), a convite da vereadora Julieta Reis (DEM), para falar sobre estilo de vida saudável. A palestra era destinada à terceira idade e contou em sua maioria com mulheres. Mario Maranhão ingressou recentemente no site The Best of the World (O Melhor do Mundo), como cardiologista Top 10, ao lado de grandes expressões da Cardiologia Internacional.

De acordo com Julieta, Maranhão “prega a saúde pelo mundo inteiro”. Presidiu a Federação Mundial de Cardiologia na Suíça e também a Associação Brasileira de Cardiologia. Esteve também à frente do Congresso Mundial de Cardiologia. Para Julieta, “esse encontro é uma rara oportunidade de travar contato com os conhecimentos de Maranhão, cuja agenda está sempre lotada com eventos em todo o mundo”.

De acordo com Mário Maranhão, “a prevenção não tem idade. Começa no ventre materno e termina no último dos nossos dias”. Ele citou um dado alarmante: 1 em cada 3 pessoas morre de infarto, câncer ou avc entre 35 e 64 anos. Além disso, segundo ele, 70% das doenças no planeta têm origem na nutrição, que deveria ser mais natural. Mas não é o que se verifica no dia a dia dos brasileiros. O Censo 2010 apontou que houve uma diminuição do consumo de verduras, leites e fibras e um aumento no consumo de gorduras e açúcar. Além disso, de acordo com o médico, cada brasileiro consome 5 litros de agrotóxicos por ano. Para Maranhão, “nós somos o que comemos”.

Segundo o cardiologista, o Brasil não está longe de alcançar o índice de obesidade dos Estados Unidos. Ele lembrou que o excesso de gordura provoca doenças crônicas, problemas renais e artrite entre outros problemas. Maranhão explicou que a medida da circunferência abdominal não deve ultrapassar 88 cm nas mulheres e 94 cm nos homens. O médico falou também sobre o problema da obesidade infantil, que segundo ele, é fruto do sedentarismo. “Crianças tem apresentado aversão a alimentos saudáveis o que leva à depressão”.

Ainda com relação á alimentação adulta, Maranhão explicou que fechar a boca não é a solução. Remédios também não são a solução. “Cirurgias só quando extremamente necessárias”. Ele observou que os homens têm menos consciência sobre a preservação da sua saúde, o que pode ser comprovado pelo baixo número de homens presentes a eventos como essa palestra. Maranhão mencionou o médico Kenneth H. Cooper para quem a base de uma nutrição saudável estaria no controle do peso, no exercício físico e na complementação alimentar. Ele também lembrou que hoje existe uma legião de pessoas centenárias, muitas em pleno exercício de suas atividades físicas e mentais.

Maranhão citou também o problema do tabagismo. De acordo com ele, 6 milhões de pessoas morrem por ano em função do tabaco, sendo que 600 mil são fumantes passivos. O médico encerrou sua fala exaltando as qualidades da medicina preventiva que, segundo ele, já era desenvolvida há milhares de anos na China. Para Maranhão, tudo depende de um estilo de vida saudável e de uma atitude mental positiva.