Secretário pede união na questão do lixo

por Assessoria Comunicação publicado 13/08/2009 14h55, última modificação 25/06/2021 08h58

Nesta quinta-feira (13), os vereadores de Curitiba estiveram no Aterro da Caximba em companhia do secretário municipal do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto. Na ocasião, foi apresentado aos parlamentares o plano de encerramento de uso da unidade, previsto para dezembro de 2010. Hoje, o aterro recebe por dia cerca de 2 mil toneladas de lixo, provenientes de 15 municípios da região metropolitana, além de Curitiba. "A intenção da prefeitura é adotar um modelo moderno de gestão de resíduos na nova unidade, que passará a receber os detritos da RMC. Empilhar lixo é coisa do passado. O edital que está aberto é para a implantação de uma indústria de processamento do lixo, em que os resíduos viram matéria-prima ao invés de ficarem estocados debaixo do solo.  É uma inovação como a de 20 anos atrás, quando Curitiba foi a primeira cidade a implementar um aterro controlado, onde está a Caximba", argumenta Andreguetto.
O secretário explicou que a utilização do aterro até 2010 acontece graças a um procedimento técnico chamado reconformação geométrica. A decomposição do lixo provoca desníveis nas áreas em que os resíduos foram acumulados, gerando espaços novos a serem preenchidos. Chama-se reconformação esse nivelamento, em que são obedecidos os limites topográficos estabelecidos pelos órgãos ambientais competentes. "O aterro da Caximba para de receber detritos no ano que vem, mas a prefeitura acompanhará a região nos próximos 20 anos. Assim que ele for desativado, a ideia é transformá-lo em uma usina de biogás, que gere créditos de carbono para o município e alimente as olarias da região. Atualmente, o aterro conta com mais de 300 chaminés, onde é feita a queima dos gases provenientes da decomposição dos resíduos, o que diminui a poluição do ar e evita o mau cheiro", informou a secretária executiva do Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos, Marilza Dias. Também acompanharam as explicações o engenheiro sanitarista Luiz Celso Silva e o assessor técnico da SMMA, Pedro Pelanda.
O convite para a visita partiu dos vereadores Roberto Hinça (PDT) e Jonny Stica (PT). Participaram da atividade Tito Zeglin (PDT), Tico Kuzma (PSB), Serginho do Posto (PSDB), Renata Bueno (PPS), Professora Josete (PT), Professor Galdino (sem partido), Pedro Paulo (PT), Omar Sabbag Filho (PSDB), Odilon Volkmann (PSDB), Noemia Rocha (PMDB), Julião Sobota (PSC), Julieta Reis (DEM), João do Suco (PSDB), Emerson Prado (PSDB), Denilson Pires (DEM), Mara Lima (PSDB), Caíque Ferrante (PRP), Beto Moraes (PSDB) e Algaci Túlio (PMDB).
Saúde
"A visita serviu para ampliar o entendimento dos vereadores sobre a questão do lixo. Precisaremos da união de todos eles, independente do partido político, para avançar na destinação que damos aos resíduos que são produzidos nas nossas cidades. É necessária a mesma dedicação dada à Copa do Mundo de futebol, pois o lixo é uma questão de saúde pública", afirmou Andreguetto. Ele sugeriu aos vereadores que também visitem o Tribunal de Justiça, onde o processo licitatório da indústria de processamento do lixo está parado, e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que avalia o plano de encerramento do Aterro da Caximba enviado ao órgão pela prefeitura.
A Câmara Municipal de Curitiba aprovou a criação de uma comissão especial para acompanhar o processo de escolha do local que abrigará a nova indústria de processamento do lixo, substituindo a atual unidade de tratamento de resíduos. Os componentes da comissão devem ser indicados pelas lideranças partidárias nos próximos dias.