A presidente do Movimento Nacional para Recuperação das Empresas Brasileiras, que surgiu em Curitiba para ajudar os empresários, Regina Zanchi, ocupou a tribuna livre da Câmara Municipal, esta semana, para falar aos vereadores sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor e os esforços que estão sendo feitos para minimizar o drama social brasileiro. Para ela, o empresário ainda é mal visto e sofre pressões de todos os lados, sendo, muitas vezes, rotulado por empregados e alguns outros segmentos da sociedade como um explorador.
Segundo a dirigente, promover a geração de empregos e renda é a mais significativa contribuição que os empresários têm oferecido ao País, carregando uma grande responsabilidade no seu desenvolvimento e, exatamente por isso, o futuro dos empregos depende mais do que nunca da sobrevivência e crescimento das micro e pequenas empresas, que, por seu lado, apresentam um quadro de gradativa destruição. A taxa de fechamento de micros e pequenas empresas chega hoje a 39% em seu primeiro ano e a 60%, depois de cinco anos de fundação.
Na opinião de Regina Zanchi, o excesso de carga tributária desvia o capital de giro da sua finalidade e, “ao invés de financiar a produção, financia o governo, além dos altos juros de a burocracia, que impedem o acesso a empréstimos à grande maioria destas empresas”.
Além dos problemas citados, a dirigente acrescentou que os empresários que comandam estas micro e pequenas empresas, ainda são discriminados no acesso a apoios e recursos que favoreçam a continuidade dos seus negócios. Ao encerrar o seu pronunciamento, ela destacou alguns pontos sugeridos pelo movimento, como a criação de um Código de Ética, um Refis Bancário, um Refis Triibutário, um Refis Empresarial, a criação de sociedades de micro-crédito e uma legislação tributária condizente com a realidade nacional.