Proposta de videomonitoramento gera debate sobre segurança pública

por Assessoria Comunicação publicado 10/10/2018 13h50, última modificação 28/10/2021 11h09

Tema de uma das três sugestões à Prefeitura aprovadas na sessão desta quarta-feira (10) da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), a elaboração de um projeto de videomonitoramento para as principais ruas do bairro Tatuquara norteou o debate mais extenso da sessão. Enquanto Mestre Pop, autor da indicação de ato administrativo ou de gestão (203.00146.2018), e Rogério Campos, ambos do PSC, alertaram para os índices de criminalidade nessa região, outros vereadores ampliaram a discussão para a segurança pública da cidade.

Pop disse ter visitado, em setembro, 45 estabelecimentos comerciais do Tatuquara e 36 do Campo de Santana - mote de sugestão de sua iniciativa que será votada na próxima semana (203.00149.2018). Segundo o vereador, a população vem questionando a segurança na região. Além de roubos ao comércio, ele citou assaltos em pontos de ônibus e arrastões no transporte coletivo. “Sabemos que [o videomonitoramento] não vai solucionar o problema, mas é um inibidor ao crime. Vai ajudar a polícia a identificar os infratores. Principalmente nas vias mais importantes, nas entradas e saídas do bairro”, justificou.

Para Campos, a proposta de Pop “colabora” com as sugestões apresentadas por ele e aprovadas em plenário no ano passado, para a implantação de  videomonitoramento no Tatuquara (203.00006.2017 e 201.00203.2017). Ele também é morador da região – onde, em sua avaliação, a violência está “caótica”. As câmeras, argumentou, trariam subsídio ao trabalho da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Guarda Municipal. “Se for atendido este requerimento nosso, será possível retirar esses marginais das ruas”, completou o vereador, presidente da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública da CMC.

Bruno Pessuti (PSD) lembrou que o projeto do Executivo para implantar a Política Municipal de Videomonitoramento, chamada de Muralha Digital, em tramitação nas comissões da Câmara, é mais abrangente (005.00095.2018). “Queremos não só que o Tatuquara tenha câmeras, mas toda a cidade de Curitiba. Que esta muralha faça um cerco contra a criminalidade”, declarou. Para ele, esta e outras iniciativas são resultado do ajuste fiscal aprovado pelos vereadores da base no ano passado.

“O videomonitoramento traz mais uma ferramenta à nossa segurança pública. Mas precisamos também investir na polícia, no efetivo, [também] aqui na nossa Guarda Municipal. Investir mais em equipamentos, que possam dar qualidade a nosso policial, ao enfrentamento [do crime] nas ruas. Vamos votar favorável à Muralha Digital, mas só isso não inibe”, ponderou Osias Moraes (PRB).

“Fui o vereador que implantou as primeiras câmeras, na Regional Santa Felicidade, através de emendas parlamentares. É uma luta contínua nossa [a segurança pública]”, declarou Mauro Ignácio (PSB). “Temos que ser realmente os fiscais, os zeladores da população. E nós somos vereadores e também somos população”, disse Oscalino do Povo (Pode). Dr. Wolmir Aguiar  (PSC) e Tito Zeglin (PDT) também participaram do debate, em apoio à sugestão em pauta.

Sinalização viária

A prefeitura receberá sugestão de ato administrativo ou de gestão que requer a implantação urgente de sinalização viária na rua Vicente Ciccarino, no bairro Boa Vista (203.00147.2018). Autor da proposição, Goura (PDT) justifica que a população tem relatado acidentes frequentes no local. Ele chamou a atenção para o cruzamento da via com a rua  Flávio Dallegrave.

“Recentemente tivemos mais uma colisão de um automóvel com uma bicicleta. Resultou em ferimentos ao ciclista. Estamos pedindo com urgência o encaminhamento desta sugestão, que já foi feia várias vezes”, disse Goura. “As pessoas não andam de bicicleta tanto quanto poderiam porque não se sentem seguras”, completou ele.
 
Reforço à FAS

O plenário também acatou uma sugestão que pede à Prefeitura de Curitiba a análise de novas contratações para a Fundação de Ação Social (FAS), para o atendimento da população em situação de rua. Autor da indicação ao Poder Executivo, Chicarelli (DC) defendeu que a ampliação das equipes desse órgão público potencializaria a eficácia do serviço prestado (201.00085.2018).