Professor pede medida de incentivo ao replantio de araucárias

por Assessoria Comunicação publicado 09/04/2019 09h10, última modificação 05/11/2021 06h58

A Comissão de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Metropolitanos recebeu, nesta segunda-feira (8), o professor titular de fitotecnia e fitossanidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Flávio Zanetti. O docente, que possui experiência no trabalho com recursos florestais, em especial sobre as araucárias, pediu apoio do Legislativo para revisão da proibição do corte de pinheiros, estabelecida na lei municipal 9.806/2000, que institui o Código Florestal de Curitiba.

Segundo o professor, proibir o corte de árvores que afetam a população e a vida urbana é uma atitude “infundada” e que é mais importante um “manejo racional para incentivar o plantio”. De acordo com Zanetti, a legislação deveria prever o replantio de árvores em outros espaços, fomentando inclusive o plantio econômico da espécie, o que contribuiria para sua preservação.

“Hoje a araucária é tratada como peça de museu. Não adianta proibir o corte, porque um dia essas árvores vão morrer de velhas”. Ele acredita que uma ação efetiva deve ser feita para a reposição das árvores idosas ou danificadas dentro das áreas urbanas, como a distribuição de mudas enxertadas vindas de projeto desenvolvido pela UFPR, que até hoje já produziu mais de 100 mil mudas de araucária.

Flávio Zanetti deu como exemplo o chamado Capão da Imbuia, espaço da capital situado em bairro que leva o mesmo nome. Conforme explicou, é preciso renovar a plantação de araucárias, pois as mudas que nascem naturalmente nesses espaços não se desenvolvem, porque estão sufocadas no meio de outra vegetação. Ele também explica que a manutenção de árvores em espaços urbanos, dentro de um condomínio, por exemplo, causa o confinamento da espécie, o que pode levar à sua morte.

Receberam as demandas do professor Flávio Zanetti os vereadores Katia Dittrich (SD), presidente do colegiado, Fabiane Rosa (DC), Geovane Fernandes (PTB), Marcos Vieira (PDT) e Mauro Ignácio (PSB).