Plenário libera patrocínio de cervejarias a carnaval de Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 07/08/2017 14h30, última modificação 19/10/2021 12h42
Com 25 votos favoráveis e dois contrários, de Noemia Rocha (PMDB) e Oscalino do Povo (Pode), foi aprovado o projeto de autoria do vereador Beto Moraes (PSDB) que autoriza o patrocínio do carnaval por empresas produtoras e distribuidoras de bebidas, especialmente cervejarias (005.00084.2017). A decisão foi tomada durante a sessão plenária da Câmara de Curitiba desta segunda-feira (7). Na prática, o projeto altera lei nº 14.156/2012 que declara o carnaval de Curitiba como festa oficial.

Para Moraes, são conhecidas as dificuldades que as escolas de samba enfrentam para realizar seus desfiles. “Com o patrocínio privado, o dinheiro público que seria destinado ao carnaval poderia ser investido em outras prioridades, como creches, por exemplo”. Julieta Reis (DEM) lembrou que muitos não apreciam o carnaval curitibano, “mas nós não concordamos com isso”, afirmou ela. “Carnaval além de ser cultura popular gera emprego, renda”.

No mesmo sentido, se manifestou o vereador Sabino Picolo (DEM) que destacou o fato do poder público não ter mais arrecadação para patrocinar atividades como esportes e carnaval. “Mal dá para pagar o funcionalismo e os gastos com educação e saúde. Portanto temos de buscar incentivos no setor privado”. Para a vereadora Maria Leticia Fagundes (PV), Curitiba não desenvolveu fortemente a questão do turismo. “Não tem Linha Turismo na segunda-feira”, reclamou ela. Jairo Marcelino (PSD) apelou para que a Linha Turismo volte a passar em frente ao Estádio Joaquim Américo.

O presidente da Câmara Serginho do Posto (PSDB) apontou que, na gestão do ex-prefeito Gustavo Fruet, por quatro anos, foi autorizada a propaganda e a venda de bebidas alcoólicas por meio de decreto. Em resposta, Goura (PDT) lembrou  que o mesmo procedimento estaria sendo feito agora, em relação ao Uber.

“A bancada evangélica alegou que a medida poderia gerar consumo excessivo de álcool, mas isso não vai acontecer, temos de ser realistas. Se essas parcerias existem em São Paulo e no Rio de Janeiro, por que não aqui?” perguntou o vereador Felipe Braga Côrtes (PSD). Ele lembrou que na Comissão de Legislação, Justiça e Redação sugeriu emenda aditiva para uma contrapartida em forma de campanha educativa por parte das empresas. A emenda (032.00002.2017) foi aprovada com 24 votos favoráveis e um contrário.

Também se manifestaram os vereadores Maria Manfron (PP), Bruno Pessuti (PSD), Oscalino do Povo, Helio Wirbiski (PPS), e Professor Euler (PSD).