Plenário aprova homenagem a artista circense e mudança na Lei Orgânica

por Assessoria Comunicação publicado 11/03/2019 15h15, última modificação 04/11/2021 11h26

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou cinco dos seis projetos da pauta, entre eles as denominações de logradouro com o nome da artista circense Wanda Zanchettin e do Cemaee Tatuquara com Branca Sabbag, a declaração de utilidade pública a Associação Esportiva do Colégio Estadual do Paraná e uma mudança na Lei Orgânica de Curitiba que amplia a possibilidade de vereadores ocuparem cargos públicos. O plenário ainda acatou a regulamentação do programa Rosto da Cidade e adiou o projeto que permite a instalação de brinquedos adaptados às crianças com deficiência em parques e praças da capital.

A iniciativa de Wanda Zanchettin denominar um logradouro da cidade foi de Dona Lurdes e Mauro Ignácio, ambos do PSB. Ele subiu à tribuna para comentar o Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, exaltou os 91 anos de Dona Lourdes e parabenizou a Diretoria de Comunicação da CMC pelo vídeo produzido contra o Feminicídio (veja aqui).

Wanda Cabral Zanchettin nasceu em Dourados, Mato Grosso do Sul, em 9 de outubro de 1929. “Ainda criança começou o duro aprendizado das artes circenses, dedicando-se com afinco à profissão que abraçou por toda a vida e que, com orgulho, transmitiu aos filhos, netos e bisnetos”, ressaltou Ignácio. Casou-se com Primo Júlio Zanchettin, com quem fundou o Circo Gávea, em 1964. Com a morte de Primo, o circo tem seu nome alterado para Zanchettin. Wanda Cabral Zanquettin foi a grande matriarca dessa família de artistas, tendo dez filhos: Áurea Maria, Sérgio Sebastião, Edlamar Maria, Jaime Benedito, Erimeide Ana Maria, Amaury Braz, Solange Maria, Márcio Francisco, Márcia Aparecida e Sílvio Marcos. “São 48 filhos, netos e bisnetos, que se dedicam à vida artística norteados pelo amor à arte e respeito ao público”.

Wanda recebeu diversas honrarias e homenagens ao longo de sua vida: Diploma de Honra ao Mérito, em reconhecimento aos seus relevantes serviços prestados às atividades circenses pela Câmara Municipal de São Paulo, em 1999; Menção Honrosa do Troféu Gralha Azul, em 2002;prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo, em 2009; e uma homenagem da Câmara Municipal de Curitiba pelo dia Internacional da Mulher, em 2017. Ela faleceu em 2 de setembro de 2018.

Mauro Ignácio lembrou da lei Circo na Praça, de sua autoria em parceria com Dona Lourdes e Goura (PDT), que regulamenta os circos itinerantes em Curitiba (lei municipal 15.129/2017). A iniciativa permite a prefeitura conceda gratuitamente a utilização temporária de bens públicos para a realização dos espetáculos circenses. O vereador frisou que a lei possibilita que 10 mil alunos tenham acesso ao circo. Ezequias Barros (PRP) e Rogerio Campos (PSC) disseram que estiveram no circo instalado no Pinheirinho. “Foi uma hora e meia muito proveitosa e divertida. Parabéns à mãe protetora de todos esses artistas”, felicitou Barros. “Minha filha amou. O que vocês fazem é extraordinário, mágico”, disse Campos.

Para Julieta Reis (DEM) é fundamental manter viva a alma circense, “principalmente nesses nossos tempos em que as crianças ficam com absorvidas por i-pads e outras máquinas”. Mestre Pop (PSC) acredita que o circo é a forma mais prática e barata de levar cultura ao povo. Também participaram do debate: Bruno Pessuti (PSD), Edson do Parolin (PSDB), Geovane Fernandes (PTB), Jonny Stica (PDT), Maria Manfron (PP) e Professora Josete (PT). Também foi aprovado em primeira votação, sem discussão, o projeto de lei que denomina de Branca Casagrande Sabbag o CMAEE do Tatuquara, de autoria do vereador Pier Petruzziello (PTB).

É de Felipe Braga Côrtes (PSD) o projeto que declara de utilidade pública a Associação Esportiva do Colégio Estadual do Paraná (Aecep). O vereador ressaltou a importância do esporte no Colégio Estadual do Paraná. “São mais de mil alunos envolvidos em 20 modalidades”, disse ele. A matéria obteve 23 votos positivos. O vereador acredita que a Câmara de Curitiba pode contribuir com emendas parlamentares para a construção, por exemplo, de coberturas para quadras. Professora Josete (PT), que estudou no Colégio Estadual, disse que o local deixou marcas positivas em sua vida. “Quem passou por lá nunca esquece”, afirmou a vereadora.

Herivelto Oliveira (PPS), que foi aluno da instituição entre 1978 e 1982, comemorou a proposição do projeto. “Recentemente recebi um pedido de ajuda semelhante vinco do grupo de dança do colégio estadual. Devemos apoiar”. Rogerio Campos não estudou no Colégio Estadual, mas sua filha sim, o que lhe fez ter algum contato com a realidade da instituição. “Aprovar esse projeto é um reconhecimento da Casa em relação à importância do Colégio Estadual”. Também se manifestaram Professor Silberto (MDB) e Tico Kuzma (Pros).

Alteração da Lei Orgânica
Em segundo turno foi aprovado um projeto que amplia a possibilidade de vereadores ocuparem cargos públicos, alterando a Lei Orgânica do Município (LOM). O projeto é um substitutivo geral (031.000003.2019) ao projeto de lei (001.00002.2017) de Professor Euler (PSD) que impediria vereadores de ocupar cargos de ministro, secretário de estado ou municipal ou qualquer outro cargo em comissão ou função remunerada nos órgãos da administração pública em qualquer esfera, salvo mediante renúncia do mandato.

Professora Josete (PT) foi à tribuna para encaminhar pelo voto contrário. “O projeto foi totalmente desfigurado”, comentou. Bruno Pessuti (PSD), relator da matéria na Comissão Especial criada para a mudança na Lei Orgânica, entende que as mudanças foram necessárias justamente para que o projeto ficasse em consonância com a Constituição Federal. Ele citou o caso do vereador Helio Wirbiski, que assumiu a presidência do Instituto Paranaense de Ciência do Esporte no Governo do Paraná.

Para Osias Moraes (PRB) a aprovação do projeto demonstra que “essa Casa tem a responsabilidade de ajudar no processo de construção do município de Curitiba”. Professor Euler (PSD) fez uso da palavra para reiterar as intenções iniciais de seu projeto. A matéria foi aprovada em segundo turno com 29 votos favoráveis, 3 negativos e 1 abstenção. O projeto foi aprovado em primeiro turno no dia 27 de fevereiro (leia mais).