Pagamento por Serviços Ambientais avança nas comissões da Câmara

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 03/09/2025 10h50, última modificação 03/09/2025 13h48
Comissão de Meio Ambiente se reuniu, nesta quarta-feira, para deliberar sobre 5 projetos de lei da Câmara de Curitiba.
Pagamento por Serviços Ambientais avança nas comissões da Câmara

Reunião da Comissão de Meio Ambiente foi transmitida ao vivo pelo canal da CMC no YouTube. (Foto: Carlos Costa/CMC)

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) analisou, nesta quarta-feira (3), cinco proposições relacionadas à proteção animal, transparência ambiental, serviços ecossistêmicos, mudanças climáticas e adoção de espaços públicos. A reunião foi presidida por Andressa Bianchessi (União) e contou com a presença de Guilherme Kilter (Novo) e Sidnei Toaldo (PRD). Do total, quatro receberam parecer pela continuidade da tramitação e apenas uma foi devolvida aos autores para ajustes técnicos.

Um dos destaques foi a aprovação do projeto do vereador Nori Seto (PP) que institui o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) em Curitiba (005.00320.2025). Na análise do mérito, a Comissão de Meio Ambiente a considerou adequada por incentivar práticas sustentáveis, alinhando-se à lei federal 14.119/2021. A ideia é que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente compense quem apoia a conservação de recursos hídricos, a preservação da biodiversidade, a proteção de unidades de conservação e a captura, fixação e estoque de carbono. O projeto segue para análise da Comissão de Serviço Público.

Os membros da Comissão de Meio Ambiente também deram parecer favorável à tramitação do projeto da vereadora Andressa Bianchessi que proíbe manter animais domésticos acorrentados ou amarrados de forma a impedir sua movimentação ou descanso, estabelecendo normas para alojamento adequado. O relator, vereador Guilherme Kilter, apontou a importância da matéria para a prevenção de maus-tratos e sugeriu ajustes na redação (005.00004.2025). A iniciativa já pode ser votada em plenário.

Já a proposição assinada por Camilla Gonda e Giorgia Prates - Mandata Preta, que dispõe sobre transparência e acesso público a dados ambientais relativos ao ar, à água, ao solo e à arborização, foi devolvida às autoras. O parecer destacou sobreposição de competências em relação ao canal de denúncias já existente no município (Central 156) e divergência com a legislação federal, que prevê periodicidade anual e não trimestral para relatórios ambientais, o que poderia gerar entraves burocráticos (005.00112.2025).

A proposição da vereadora Camilla Gonda, que altera dispositivos da lei municipal 15.852/2021, também recebeu parecer positivo (005.00361.2025). As modificações incluem a criação de novos instrumentos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, como planos de conservação de florestas e incentivos a matrizes energéticas limpas. O parecer ressaltou a compatibilidade da medida com a Constituição Federal e a legislação nacional sobre clima. Com o aval de Meio Ambiente, o projeto pode ser votado em plenário.

Por fim, a proposição de autoria dos vereadores João Bettega, Eder Borges, Da Costa do Perdeu Piá e Pier Petruzziello, que amplia as regras de adoção de espaços públicos no município, também obteve parecer pela tramitação (005.00105.2025). A proposta prevê maior participação da sociedade na conservação de áreas verdes e equipamentos urbanos, com novas contrapartidas aos adotantes, como exploração publicitária e realização de atividades culturais e sociais, sempre com preservação do interesse público. A iniciativa segue para a análise da Comissão de Urbanismo.