Na segunda-feira, com transmissão ao vivo pelo canal da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) no YouTube, os vereadores se reunirão, no Palácio Rio Branco, a partir das 9 horas, para deliberar sobre sete projetos de lei. O destaque da Ordem do Dia são as quatro proposições que homenageiam pessoas julgadas relevantes para a capital do Paraná pelos autores das iniciativas. São duas candidaturas a Cidadania Honorária de Curitiba, de Michelle Bolsonaro e Bertrand de Orleans-Bragança, uma ao título de Vulto Emérito de Curitiba para Danilo Serge Avelleda, além de uma homenagem póstuma a Max Conradt Júnior, indicado para denominar um logradouro público.

Depois de votados os projetos em segundo turno, a primeira homenagem da Ordem do Dia é a proposta pela vereadora Carlise Kwiatkowski (PL) que propõe conceder o título de Cidadã Honorária de Curitiba a Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro (115.00003.2025). Na justificativa, a parlamentar informa que ela nasceu em Ceilândia (DF), “superou dificuldades financeiras”, atuou como vendedora e caixa antes de ingressar no serviço parlamentar, onde conheceu o ex-presidente Jair Bolsonaro, com quem se casou em 2007. Como primeira-dama, atuou na defesa das pessoas com deficiência, apoio a doenças raras, estímulo ao uso de Libras e liderança do Programa Pátria Voluntária. O texto também defende que a homenageada mantém vínculos com Curitiba, onde apoiou iniciativas sociais e instituições como a APSAM.

Depois, a Câmara vota um projeto de lei da vereadora Rafaela Lupion (PSD) que homenageia Max Conradt Junior, ao propor dar seu nome a um logradouro público (009.00012.2025 com substitutivo 031.00207.2025 e 035.00016.2025). Curitibano, nascido em 1932, ele cresceu no bairro Mercês e trabalhou por mais de 50 anos na Maison Blanche, contribuindo para a consolidação da empresa. Na justificativa, a vereadora o descreve como um “autodidata apaixonado por história”, que acumulou vasta coleção sobre Curitiba, Paraná e Brasil, hoje destinada à UFPR. Foi colunista da Gazeta do Povo, promoveu encontros de artistas, incentivou a produção cultural e manteve ativa participação no Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.

A terceira homenagem na lista é de autoria do vereador Angelo Vanhoni (PT), que indica Danilo Serge Avelleda ao título de Vulto Emérito de Curitiba (116.00005.2025). Nascido na capital do Paraná em 1939, ele iniciou no teatro aos 11 anos e integrou o primeiro curso de artes dramáticas do Teatro Guaíra. Segundo a justificativa, ele atuou em mais de 100 peças, dirigiu produções, escreveu textos registrados na SBAT e foi destaque em obras como Diário de um Louco. Servidor público da secretaria estadual da Cultura, coordenou exposições, mostras e ações de interiorização artística. Com trabalhos no cinema, rádio e TV, acumula prêmios, como o Gralha Azul, “sendo referência do teatro paranaense”.

Por último, chega ao plenário o projeto de lei do vereador Eder Borges (PL) que propõe o título de Cidadão Honorário de Curitiba a Bertrand de Orleans-Bragança (115.00022.2025). Nascido na França em 1941, ele veio ao Brasil após a Segunda Guerra e passou a infância no Paraná. Conforme a justificativa, formou-se em Direito pela USP e “recebeu formação católica rigorosa”, que influenciou sua atuação pública. Borges informa que ele lidera a Casa Imperial do Brasil desde 2022, onde detém o título de príncipe, e é “defensor de valores tradicionais”, membro da TFP e autor do livro Psicose Ambientalista. Frequentou eventos culturais em Curitiba, participou de encontros monárquicos e foi homenageado pela Academia de Cultura da cidade.