A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) deu início à aplicação externa do Jogo da Eleição, na tarde da última sexta-feira (9). A convite da professora de Geografia Maisa da Silva Almeida Verastegui, servidores da Casa levaram a ferramenta de educação política a duas turmas de 9º ano do Colégio Estadual Pedro Macedo, localizado no bairro Portão. Criado pelo Instituto Mais Cidadania, o Jogo da Eleição busca conscientizar os jovens, de forma lúdica, sobre temas como a democracia, o respeito às leis e o combate à corrupção e às fake news.

A aplicação do Jogo da Eleição é coordenada pela Escola do Legislativo Maria Olympia Carneiro Mochel com a participação de diferentes setores da instituição. Todos passaram por atividades de capacitação no ano passado. De forma gratuita, as instituições de ensino interessadas podem agendar a aplicação da metodologia na própria Câmara de Curitiba ou solicitar que a equipe de servidores se desloque até suas unidades.

📌 Não fique de fora! Inscreva sua instituição no Jogo da Eleição.

Verastegui explica que entrou em contato com a Escola do Legislativo depois de ficar sabendo do Jogo da Eleição por meio do Instagram da Câmara de Curitiba. A ideia é ampliar a conscientização dos jovens dentro dos debates de Geopolítica. “Eu já havia percebido neles uma certa vontade de falar de política, mas muitos ainda influenciados por fake news e com algumas ideias distorcidas, sobretudo da nossa política interna”, conta a professora sobre o ensino de Geopolítica.

“E quando eu vi esse projeto, eu falei, ‘nossa, perfeito’”, continua Verastegui. A ideia, complementa a professora, agora é agendar uma visita guiada à Câmara de Curitiba, programa que também é coordenado pela Escola do Legislativo. “Se puder ter um desdobramento dessa atividade, que eles possam ir lá [à CMC], já que eles experienciaram na teoria, jogando, que eles possam ver também como funciona o Legislativo.”

Agenda externa nesta terça (13) será na FAE Centro Universitário

Gestora da Escola do Legislativo, a servidora Débora Reis comemora a aplicação externa do Jogo da Eleição pela equipe da CMC, pela primeira vez. Na dinâmica, ela explica que os estudantes “assumem o papel de candidatos numa simulação eleitoral”. “A proposta é justamente inverter a perspectiva e provocar a reflexão: e se, em vez de apenas eleitores, eles estivessem no lugar de quem toma decisões e representa a população?”, indica.

“A iniciativa tem como objetivo ensinar, de maneira leve e descomplicada, temas fundamentais como o voto consciente, a cidadania e o combate à corrupção. Mais do que uma aula diferente, o jogo transforma o aprendizado em uma experiência dinâmica, lúdica e interativa", complementa. “Ao longo da atividade, os estudantes são convidados a pensar sobre valores como democracia, liberdade e respeito às leis, compreendendo na prática a importância de eleições justas, éticas e transparentes."

A gestora da Escola do Legislativo também chama a atenção para a aproximação entre a CMC e a população. “Com a aplicação do jogo fora da sede do Legislativo, a Câmara dá um passo importante na aproximação com os jovens, ampliando o alcance de suas ações educativas e indo até onde pode, de fato, fazer a diferença. Afinal, despertar desde cedo a consciência sobre o papel de cada um na vida pública é essencial para a construção de uma sociedade mais justa, participativa e democrática", finaliza. Depois do Colégio Estadual Pedro Macedo, haverá uma agenda na FAE Centro Universitário, campus Curitiba, às 7h30 desta terça-feira (13). A expectativa é que a dinâmica reúna acadêmicos de diferentes graduações.

O Instituto Mais Cidadania foi representado, na ação da última sexta, pelo advogado Paulo Morimoto. “É um jogo, mas as regras dele mostram o que realmente acontece no Brasil”, comparou. Durante uma das dinâmicas, ele explicou aos alunos que, se na mesa nenhum dos candidatos jogou sem o uso de cartas proibidas, teria que ser chamada uma eleição. 

 “O Jogo da Eleição é uma ferramenta pedagógica que estimula os jovens a se colocarem no lugar de um candidato a presidente. E essa atividade dentro das escolas e colégios pega um momento importante de formação desses estudantes e estimula a cidadania e os valores democráticos”, avalia Morimoto.