Integrar câmeras é desafio da Guarda Municipal

por Assessoria Comunicação publicado 14/05/2013 18h35, última modificação 15/09/2021 12h01

Ter um sistema capaz de interligar os diversos tipos de câmeras de monitoramento na capital é a maior dificuldade enfrentada pela Guarda Municipal. Esta foi a principal conclusão da audiência pública realizada no plenário da Câmara de Curitiba, na tarde desta terça-feira (14), promovida pela Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública. O presidente da comissão, Chico do Uberaba (PMN), comentou que se as câmeras da Rua XV de Novembro estivessem funcionando, por exemplo, a via não estaria tão pichada.

A partir do encontro, um relatório com as reivindicações e sugestões discutidas serão enviadas ao Gabinete de Gestão Integrada da Prefeitura de Curitiba (GGI). Para o coordenador do gabinete, Renê  Witek, é necessário se criar um conselho municipal de segurança. Ele defende que sejam fornecidas informações detalhadas, para servir de subsídio para a atuação da Guarda Municipal e Polícia Militar. “Também precisamos realizar um trabalho de articulação com os órgãos de segurança e com a comunidade”, acrescentou. O gabinete é responsável por realizar o mapeamento da violência na cidade, ao qual integram assessoria do prefeito, Defesa Social, Defesa Civil, Fundação de Ação Social (FAS) e secretarias de urbanismo, saúde, educação e esporte.

Muitas sugestões foram dadas durante o encontro para que o setor privado forneça os equipamentos de vigilância. Em contrapartida, a prefeitura ofereceria o monitoramento das imagens. No entanto,  o diretor da Guarda Municipal de Curitiba, Claudio Frederico de Carvalho, salientou que é necessário haver integração entre os sistemas e nivelamento das tecnologias utilizadas nos diversos pontos da cidade. “Precisamos que os centros de monitoramento se integrem e unifiquem. Para isso, é necessário um sistema único, além da aquisição de produtos de qualidade que realmente atendam a população”, acrescentou.

A campanha pelo fim da pichação na capital foi lembrada pelo vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina. Durante a audiência, falou que já é hora do poder público interagir diretamente em assuntos referentes à segurança.

O empresário citou o exemplo do atentado ocorrido em Boston, Estados Unidos, no mês de abril, em que câmeras foram cruciais para identificar os autores do crime. “Precisamos da inteligência a favor da segurança, porque policiais espalhados não fazem a diferença”, frisou.

O coronel Jorge Costa Filho, coordenador da Câmara Setorial de Estratégia e Planejamento da ACP, disse ser preciso estabelecer parcerias entre os setores público e privado. Demonstrou ainda preocupação com a segurança para os grandes eventos que Curitiba irá sediar nos próximos anos. “Vamos receber a Copa do Mundo, mas não sei se iremos realizar o que era planejado”, considerou.
    
Participação popular

O envolvimento da Câmara de Curitiba e a Guarda Municipal com as questões populares foi elogiado pela presidente do Conselho Comunitário de Segurança da área central, Malu Gomes. Ela acrescentou que é preciso conscientizar a comunidade sobre o tema. “A violência no centro da cidade diminuiu porque a população está participando”, disse.

O debate contou com a participação de diversos empresários do setor de segurança e população em geral. Compõem a comissão os vereadores Carla Pimentel (PSC), Cristiano Santos (PV), Dirceu Moreira (PSL) e Geovane Fernandes (PTB). Também participaram da audiência Bruno Pessuti e Tiago Gevert, ambos do PSC.

A próxima audiência pública sobre segurança, ainda sem data definida, será realizada na Associação Comercial do Paraná.