Instituto Ethos debate indicadores de transparência da Copa

por Assessoria Comunicação publicado 04/12/2013 14h20, última modificação 21/09/2021 09h14
A Câmara Municipal discutiu com o Instituto Ethos, na Tribuna Livre desta quarta-feira (4), como Curitiba pode avançar no índice de transparência da Copa do Mundo de 2014, mensurado nas 12 cidades-sede. A convite do colegiado especial que trata das matérias pertinentes ao Mundial, o coordenador de Projetos de Políticas Públicas da entidade, Bruno Videira, registrou melhoras em relação à última avaliação, mas pediu apoio dos vereadores para que a capital possa ultrapassar a sexta colocação no ranking.

A nota foi de 45%, em escala que vai de zero a cem pontos percentuais, contra os 15% da última avaliação, realizada em 2012. Videira disse que o principal objetivo da pesquisa, que integra o projeto “Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios”, é estabelecer o diálogo entre a população e os agentes públicos.

“O papel dos senhores é cobrar da prefeitura a disponibilização das informações. A Copa é apenas um pretexto, isso vale para a saúde, educação e outras áreas”, afirmou. Nos pontos positivos da avaliação de Curitiba, Videira destacou a evolução da nota (de 30%), o funcionamento do serviço de informações ao cidadão (determinado por lei) e o aumento dos dados divulgados à população.

Dentre os pontos negativos, o representante da entidade apontou dificuldades para a navegação no portal da Copa do Mundo e a falha na divulgação de questões como o relatório de desapropriações para a reforma da Arena e o Plano de Legado do Mundial para o município.

Saiba mais, aqui, sobre os indicadores de transparência do projeto Jogos Limpos.

Debate

O presidente da Comissão Especial da Copa, Paulo Rink (PPS), destacou a importância de todos os vereadores, e não só os integrantes do colegiado, terem conhecimento sobre o relatório de transparência. “Estamos em uma estrada sem volta, temos que aproveitar o legado e fiscalizar a aplicação de cada real de dinheiro público”, completou o presidente da Casa, Paulo Salamuni (PV).

Em resposta a Felipe Braga Côrtes (PSDB), o coordenador do Instituto Ethos disse que a engenharia financeira para a reforma da Arena da Baixada, por meio da divisão tripartite de custos entre o Clube Atlético Paranaense (CAP), prefeitura e governo estadual, dificulta a fiscalização. “Ainda não conseguimos analisar friamente os dados da Arena. Há dinheiro público na obra, do Estado e da prefeitura, e tem que haver essa cobrança”, declarou.

O segundo-secretário, Serginho do Posto (PSDB), alertou para dispositivo da lei municipal nº 14.219/2012, que determina o envio trimestral à Câmara, pela prefeitura, de relatório com as informações requeridas, incluindo o cronograma de andamento das obras, liberações de recursos e transferências oriundas do potencial construtivo.

Também participaram do debate o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), e os vereadores Tico Kuzma (PROS), Bruno Pessuti (PSC), Mestre Pop (PSC) e Chico do Uberaba (PMN).