Escola Sem Partido: Em plenário, vereadores voltam a debater proposta

por Assessoria Comunicação publicado 18/04/2018 12h30, última modificação 26/10/2021 11h12

Durante o grande expediente da sessão plenária desta quarta-feira (18), os vereadores retomaram o debate do programa Escola Sem Partido, proposto na Câmara de Curitiba por meio de projeto de lei de Ezequias Barros (PRP), Osias Moraes (PRB) e Thiago Ferro (PSDB), que tramita na Casa. O assunto foi comentado na sessão de ontem (17) e hoje na Comissão de Serviço Público, sob a qual a matéria está em análise, antes de ir para votação em plenário.

Primeiro orador a falar sobre o tema, Dr. Wolmir Aguiar (PSC) disse que achou “bacana” a qualidade dos debates no colegiado de Serviço Público e dos pronunciamentos, sejam a favor ou contra a matéria. O vereador afirmou que existe “corporativismo” na classe docente “onde não querem mexer, abrir uma sindicância e esclarecer os fatos”, em casos de conduta equivocada de professores. “A que ponto chegamos para criar projetos de lei para debater o que é errado?”, acrescentou.

Dr. Wolmir citou ainda projeto (005.00043.2018) de Professor Euler (PSD) que pretende criar em Curitiba o programa Política sem Corrupção para agentes políticos (leia mais). “Se houver denúncias, no caso de alguns poucos maus professores, parlamentares, magistrados, temos que ir em cima”, reforçou. Em resposta, Euler – que apresentou parecer contrário à matéria, na Comissão de Educação – afirmou que não tem “problema quando quem me vence é o argumento, a razão”, por isso a necessidade de debate, acrescentou.  

Em aparte, Thiago Ferro disse que é necessário convidar a sociedade a debater o assunto com “tranquilidade e clareza”. Ele também disse que há uma resistência quanto à matéria porque “quando se fala em educação, acham que estamos perseguindo”. Para o parlamentar, os professores mesmos devem denunciar condutas incompatíveis com a profissão, assim como ele diz acontecer no meio evangélico, em que, de acordo com ele, “pastores vigaristas e que não fazem um bom trabalho” são denunciados aos conselhos competentes”.