Frente Evangélica vai representar demandas do segmento

por Pedritta Marihá Garcia | Revisão: Ricardo Marques — publicado 17/02/2025 15h10, última modificação 17/02/2025 18h03
A Frente Parlamentar Evangélica irá atuar até 2028, último ano da atual legislatura.
Frente Evangélica vai representar demandas do segmento

“Toda igreja é muito importante, inclusive ela é muito mais importante no local onde ela está: seja no Centro, seja nas periferias”, disse Klinger. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Na segunda parte da ordem do dia desta segunda-feira (17), a Câmara Municipal de Curitiba aprovou a criação da Frente Parlamentar Evangélica, com o objetivo de fortalecer políticas públicas voltadas à comunidade evangélica da capital paranaense. Esta é a quarta frente da 19ª Legislatura oficializada pelo plenário. O grupo suprapartidário terá a participação de 10 parlamentares.

Conforme o requerimento aprovado pela CMC (422.00005.2025), serão membros da frente os vereadores: Bruno Rossi (Agir), Da Costa do Perdeu Piá (União), Delegada Tathiana Guzella (União), Fernando Klinger (PL), Guilherme Kilter (Novo), Jasson Goulart (Republicanos), João da 5 Irmãos (MDB), Meri Martins (Republicanos) e Sargento Tânia Guerreiro (Pode). 

A Frente Parlamentar Evangélica irá atuar até 2028, último ano da atual legislatura. O mandato da diretoria será de um ano, com possibilidade de reeleição por mais um período. Os vereadores terão a missão de acompanhar e analisar proposições legislativas, além de atuar na promoção de debates e articulações com entidades civis e governamentais.

Outras finalidades da frente são: realização de encontros e debates sobre medidas legislativas relacionadas ao segmento; divulgação de ações e iniciativas para a sociedade; integração com entidades da sociedade civil e órgãos do governo; e acompanhamento das ações do Poder Público para aprimoramento de políticas voltadas à comunidade evangélica.

Trabalho social das igrejas evangélicas merece apoio da CMC

Na justificativa para a criação da Frente Parlamentar Evangélica, os parlamentares destacam a importância de garantir a liberdade religiosa e fortalecer valores como ética, justiça e solidariedade. Além disso, o grupo pretende atuar em projetos sociais voltados à inclusão, combate à pobreza e incentivo à educação.

“Toda igreja é muito importante, inclusive ela é muito mais importante no local onde ela está: seja no Centro, seja nas periferias. Isto vai fazer diferença nas vidas [das pessoas]”, disse Fernando Klinger, ao reforçar como o trabalho social das igrejas, em especial das evangélicas, é necessário para a cidade. Ele será o presidente da Frente Parlamentar Evangélica.

O vereador estimou que Curitiba tem mais 1.300 igrejas evangélicas hoje, e relembrou a atuação de algumas delas, como “presbiterianos, [que] assumiram a gestão do Hospital [Evangélico] Mackenzie”, e a Igreja Adventista, que estaria investindo na construção de um hospital “com mais de 5 mil metros quadrados na [avenida] Vicente Machado”. Segundo ele, 90% das comunidades terapêuticas também estão ligadas às igrejas evangélicas. 

Guilherme Kilter ressaltou que, em Curitiba, existe uma “unidade” entre as igrejas evangélicas, e que o trabalho que elas promovem levanta “toneladas de alimentos” e leva a assistência a lugares “aonde a Prefeitura não chega”. Outra a elogiar o trabalho social das comunidades evangélicas foi Meri Martins. “Nós acreditamos que as têm solução, que existe uma nova vida para elas. [...] Nós fomentamos entre as pessoas a solidariedade. Não existe diferença entre evangélicos, católicos, não crentes. Para nós, todos são almas”, afirmou ela, que será a vice-presidente da frente. 

Também participaram da discussão os vereadores Delegada Tathiana, Jasson Goulart, João da 5 Irmãos, Rafaela Lupion e Rodrigo Marcial.

O que são as frentes parlamentares?

A criação de frentes parlamentares está regulamentada no ato 3/2013, da Comissão Executiva. Elas são grupos suprapartidários, formados por pelo menos dez vereadores, com a atuação voltada a um tema específico, de interesse da cidade. A frente parlamentar não traz custos adicionais para a CMC, pois às suas atividades é vetada a “contratação de pessoal, fornecimento de diárias, passagens aéreas e demais despesas”. Elas têm direito a solicitar o espaço físico do Legislativo, desde que não haja interferência nas sessões plenárias e nas reuniões de comissões.

Clique aqui para conhecer os grupos que estiveram ativos na 18º Legislatura.