Destino de baterias preocupa vereador

por Assessoria Comunicação publicado 10/02/2005 00h00, última modificação 18/05/2021 16h08
O descaso das autoridades com relação ao destino das baterias utilizadas por telefones celulares foi criticado, ontem, pelo líder do prefeito na Câmara Municipal de Curitiba, Mario Celso Cunha. Segundo o vereador, o desencontro entre órgãos do governo federal e a existência de uma pequena rede de coleta – na Capital, menos de dez postos, mantidos pelas sete fabricantes – é uma ameaça ao meio ambiente e à saúde da população.
Segundo o vereador, por falta de fiscalização, a maior parte das baterias acaba sendo descartada no lixo, embora contenham produtos químicos nocivos à saúde, inclusive responsáveis por doenças como câncer. Entre os componentes das baterias está o níquel –cádmio, que também é usado em produtos falsificados, que responderiam por 40% do mercado
Consenso
O líder lembra que em todo o País o número de celulares já passou de 65 milhões e “mesmo assim não existe um consenso entre o governo federal e os fabricantes sobre o que fazer com as baterias não utilizadas, que podem se transformar rapidamente numa ameaça para todos”.
Uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – continua Mario – com mais de cinco anos de vigência, determina que as baterias com maior concentração de metais pesados devem ser recolhidas pelos fabricantes, enquanto as baterias com menor potencial de dano à saúde e ao meio ambiente devem ir para aterros sanitários. Como a fiscalização é nula e não existe orientação publicitária a respeito do tema, os usuários ficam sem saber qual destino dar às baterias. Um levantamento do IBGE aponta que mais de 30% do material vai mesmo para os lixões, acrescenta.
Mario Celso diz que o governo está numa posição cômoda. “ Ao invés de regulamentar, fiscalizar e orientar, passou a responsabilidade aos fabricantes, provocando assim uma grande confusão”.