Contas de Greca desaprovadas

por Assessoria Comunicação publicado 04/06/2007 06h00, última modificação 16/06/2021 09h39
O vereador Mario Celso Cunha (PSDB) solicitou vistas do processo que trata das contas da Prefeitura Municipal de Curitiba do ano de 1996, último da gestão do prefeito Rafael Greca de Macedo. O documento está na Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, cujo relator é o vereador Luis Ernesto (PSDB).
Segundo o líder do prefeito Beto Richa, “o Tribunal de Contas desaprovou as contas do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) e da FCC (Fundação Cultural de Curitiba), alegando não demonstração de conteúdo de matérias publicitárias, contratação de serviços de advocacia sem licitação, injustificado fracionamento de licitações, ausência de recolhimento de valores previdenciários, contratações com dispensa ou inexigibilidade, pagamento de altas taxas de juros e operações com bancos privados, além de outras situações que nos levam ao questionamento destas prestações de contas”.
Na época, o Tribunal de Contas fez ressalvas nas contas do Ippuc, FCC, FAS e Imap, sendo que deu prazo para explicações. Os responsáveis pelas contas do Imap e FAS explicaram algumas situações duvidosas e as contas foram aprovadas. No caso do Ippuc e FCC, não foram aceitos argumentos e o TC, por maioria dos seus membros, desaprovou e deu parecer contrário. Neste caso, são responsáveis os secretários de Rafael Greca, Geraldo Pougy (FCC) e Mauro Magnabosco (Ippuc).
Nas contas da FCC, votaram pela desaprovação os conselheiros Rafael Iatauro, Nestor Baptista (relator), Artagão de Mattos Leão e Fernando Augusto Guimarães. Pela aprovação votaram o conselheiro Heinz Georg Herwig e o auditor Jaime Lechinski. Nas contas do Ippuc, votaram pela desaprovação os conselheiros Rafael Iatauro, Nestor Baptista (relator), Artagão de Mattos Leão, Heinz Georg Herwig e Fernando Augusto Guimarães. O auditor Jaime Lechinski votou pela aprovação (voto vencido).
No próximos dias, a Câmara Municipal terá que decidir, em plenário, pela aprovação ou não das contas. No caso de desaprovação, a questão será encaminhada ao Ministério Público. Mario Celso não quis comentar sobre seu voto, mas deixou claro que, “quando o Tribunal de Contas revela o seu parecer, dificilmente o Legislativo deixa de acompanhar”.