Consumo pode entrar no currículo escolar

por Assessoria Comunicação publicado 15/07/2009 16h25, última modificação 24/06/2021 10h54
“A publicidade na tevê é a principal ferramenta do mercado para a persuasão do público infantil, que cada vez mais cedo é chamado a participar do universo adulto, quando é diretamente exposto às complexidades das relações de consumo sem que esteja efetivamente pronto para isso”. A declaração é do vereador João Cláudio Derosso (PSDB), presidente da Câmara de Curitiba, autor de projeto de lei que prevê a inclusão de tópico sobre direitos do consumidor na grade curricular das escolas da rede municipal.
A inclusão do assunto, de acordo com o parlamentar, deverá ser na disciplina de História, tendo como objetivo tratar as seguintes questões: o processo histórico que culminou com a aprovação de leis de defesa do consumidor, os  direitos e deveres básicos do consumidor, a conscientização sobre práticas saudáveis de consumo e o debate acerca da importância da mídia no consumismo.
Parcerias
O projeto prevê a possibilidade da sociedade civil organizada contribuir com recursos humanos e materiais para viabilizar a execução desta lei, por meio de convênios e parcerias com o Executivo municipal, e que os temas devem ser abordados de forma integrada ao projeto pedagógico de cada unidade educacional.
Derosso cita pesquisas, que apontam as crianças como principais alvos do mercados, que buscam fidelizar clientes para suas marcas, produtos e serviços. O parlamentar tucano observa que “hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconsequente. As crianças, ainda em pleno desenvolvimento, são mais vulneráveis que os adultos, e sofrem cada vez mais cedo com as graves conseqüências relacionadas aos excessos do consumismo”, e enumera problemas como a obesidade infantil, erotização, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras, como consequências do consumo exagerado e irrefletido.