Campanha de combate à violência contra idosos ganha o apoio da CMC

por José Lázaro Jr. | Revisão: Vanusa Paiva — publicado 23/05/2022 18h45, última modificação 24/05/2022 10h25
Pastor Marciano Alves sugeriu a adesão da Câmara de Curitiba ao Junho Violeta.
Campanha de combate à violência contra idosos ganha o apoio da CMC

Vereador Pastor Marciano Alves trouxe ao plenário o tema da violência contra idosos hoje. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

“Só em 2021, 33 mil idosos foram vítimas de violência no Brasil”, alertou o vereador Pastor Marciano Alves (Solidariedade), nesta segunda-feira (23), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), ao defender a adesão do Legislativo à campanha Junho Violeta. Ele pediu que o Palácio Rio Branco fosse iluminado nessa cor na data de 15 de junho, quando acontece o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa (204.00011.2022). 

Marciano Alves falou no início da sessão, destacando que logo, no mês que vem, começará a campanha Junho Violeta, de valorização da população idosa e de combate à violência contra as pessoas mais velhas. O vereador cobrou melhoria nas políticas públicas aos idosos, cuja população é de 12% do Brasil. “O cuidado que uma sociedade oferece a seus idosos mostra o quanto ela valoriza sua própria história”, alertou o parlamentar. A sugestão foi acatada em plenário pelo vice-presidente Alexandre Leprevost (Solidariedade), que se comprometeu a fazer o possível para incluí-la no calendário da CMC.

Saúde mental materna
Na mesma sessão, falando no grande expediente, Herivelto Oliveira (Cidadania) sugeriu que a CMC também se engaje no Maio Furta-Cor, que é uma campanha de conscientização sobre a saúde mental materna. “Durante a pandemia, o número de mulheres com depressão pós-parto e de suicídios aumentou no Brasil”, disse o parlamentar. Idealizada pela psicóloga Nicole Cristino e pela psiquiatra Patrícia Piper acontece em maio por causa do Dia das Mães e usa a ideia do “furta-cor”, “cuja tonalidade não é de cor absoluta”, para englobar todo o “espectro da maternidade”.

Herivelto Oliveira destacou que já tramita na CMC um projeto de lei, da vereadora Maria Leticia (PV), que institucionaliza essa campanha em Curitiba (005.00090.2022). “Há também uma proposta mais antiga, voltada à saúde mental materna, dos ex-vereadores Helio Wirbiski e Carla Pimentel, que talvez possa ser incorporada nesse projeto de lei, já que é um tema muito importante para a sociedade”, adiantou o parlamentar. Ele se referiu a um projeto de 2013, já arquivado, que propunha criar a Semana Municipal de Combate à Depressão Pós-Parto (005.00239.2013).

Feira da Lua
Baseado em uma visita que fez ao Município de Maringá, Eder Borges (PP) apresentou sugestão à Prefeitura de Curitiba para que ela reproduza aqui a “Feira da Lua”, em período noturno, preferencialmente nas Ruas das Cidadania (205.00171.2022). “Temos uma estrutura muito parecida à de Maringá aqui na capital, que são as Ruas da Cidadania, então poderíamos oferecer também essa opção de renda e de lazer à população”, argumentou o parlamentar. 

Os vereadores também endossaram sugestão de Marcelo Fachinello (PSC) ao Executivo, na qual ele propõe que a Prefeitura de Curitiba realize “os atos administrativos necessários à habilitação do Município no Programa Federal de Incentivo para as Ações de Atividade Física na Atenção Primária à Saúde” (205.00172.2022). “As ações envolvem, entre outros vetores, a contratação de profissionais de Educação Física, a aquisição de materiais de consumo e a qualificação de ambientes relacionados à atividade física”, bem como “repasse de recursos significativos’, diz o parlamentar na justificativa.

Apesar de não serem impositivos, os requerimentos e as indicações aprovados na CMC são uma das principais formas de pressão do Legislativo sobre a Prefeitura de Curitiba, pois são manifestações oficiais dos representantes eleitos pela população para representá-los e são submetidos ao plenário, que tem poder para recusá-los ou endossá-los. Por se tratar de votação simbólica, não há relação nominal de quem apoiou, ou não, a medida – a não ser os registros verbais durante o debate.