Câmara de Curitiba fiscaliza sistema de radares da capital

por Assessoria Comunicação publicado 24/03/2011 14h45, última modificação 06/08/2021 09h56
Os vereadores de Curitiba visitaram, nesta quarta-feira (24), o Sistema de Monitoramento dos Radares e Barreiras Eletrônicas de Curitiba. A atividade integra um ciclo intensivo de fiscalização, iniciado após denúncia de irregularidades pela imprensa e consecutiva rescisão dos contratos com a empresa Consilux, que operava os equipamentos na cidade, pela prefeitura. “A Câmara Municipal está cumprindo o seu papel de fiscalizar o que acontece no município. Saímos da Urbs tranquilos com a credibilidade atual do sistema. Não vemos como burlar as medidas de segurança que estão em funcionamento. A Urbs está fazendo um bom trabalho”, afirmou o vereador João do Suco (PSDB), líder do prefeito no Legislativo.
A visita complementa o pedido de informação encaminhado pelos vereadores à administração municipal na semana passada, que requisitava aspectos técnicos dos contratos e métodos adotados pela empresa investigada, e os esclarecimentos prestados pelo presidente da Urbs, Marcos Isfer, na última segunda-feira (21), durante sessão plenária. “Vamos promover uma reunião de lideranças para avaliar os próximos passos. Pode ser uma visita técnica à Celepar, por exemplo, já que é na companhia que a infração de trânsito é inserida no sistema de Multas de Trânsito Municipal (MTM)”, adianta João do Suco.
Para a diretora de Trânsito de Curitiba, Rosângela Battistella, é muito importante a participação dos vereadores no processo de incorporação da administração do sistema de multas pela Urbs. “Esta visita mostra que há fiscalização e transparência naquilo que fazemos. A vinda da própria imprensa no dia de hoje, tendo acesso a todas as informações, demonstra a confiabilidade do sistema. Não ficou dúvida sem resposta”, defendeu. Além de João do Suco, estavam presentes os vereadores Julieta Reis (DEM), Paulo Salamuni (PV), Emerson Prado (PSDB), Caíque Ferrante (PRP), Jair Cézar (PSDB), Odilon Volkmann (PSDB) e Professor Galdino (PSDB). Assessores de outros parlamentares também participaram da visita. Outra ida à Urbs será agendada para os veradores que estavam acompanhando assuntos diversos do município e não conseguiram conciliar a agenda.
Funcionamento
Curitiba possui 119 locais sendo monitorados por radares e 50 por lombadas eletrônicas. Quando um veículo é flagrado cometendo irregularidades no trânsito por estes equipamentos, a imagem criptografada é enviada por meio de tecnologia 3G (conexão à internet sem fio) aos servidores localizados na Diretran. Ali, sob a supervisão de uma equipe técnica, funcionários da Urbs analisam cerca de 3 mil imagens por dia, atestando, ou não, a qualidade da fotografia para o auto de infração. Neste momento, a placa e características do veículo são cruzados com o banco de dados do Detran, para verificar eventuais clonagens de automóveis e outros crimes.
Trata-se de um sistema de dupla checagem, onde cada imagem é analisada aleatoriamente por dois funcionários diferentes. Se o parecer de ambos for idêntico, a fotografia é encaminhada para um agente de trânsito, por meio do sistema eletrônico de informação. Cada imagem recebe um código e os funcionários da Urbs não possuem autorização para apagá-la, ficando a fotografia gravada nos servidores.
O agente de trânsito trabalha em outro ambiente, na sede da Urbs, e é responsável por atribuir à fotografia a respectiva multa. Este processo é autenticado pelo agente, que permanecerá a ele atrelado até o pagamento da infração. Isto é feito para que, em caso de recurso, ele possa explicar ao infrator quais critérios levaram à punição. As imagens que foram convertidas em multas pelo agente são enviadas à Celepar, para a impressão da notificação e inclusão da penalidade no sistema MTM. Somente nesta etapa do processo é conhecido o proprietário do veículo. Feito isto, a companhia devolve à Urbs as infrações para que a entrega seja feita pelos Correios. Uma vez gerada, cada infração possui um código que é acompanhado por todo o processo. Caso haja algum problema, os gerentes do sistema são avisados para corrigir a questão.