Câmara de Curitiba acata Conscientização à Fibromialgia

por Assessoria Comunicação publicado 04/06/2018 10h50, última modificação 27/10/2021 10h52

Curitiba poderá promover anualmente, na semana do dia 12 de maio, atividades alusivas ao diagnóstico e ao tratamento da fibromialgia, doença que dentre outras consequências causa dores generalizadas pelo corpo. Proposto por Dona Lourdes (PSB) e Maria Leticia Fagundes (PV), o projeto de lei que institui a Semana Municipal de Conscientização sobre a Fibromialgia foi aprovado em primeiro turno unânime, com 26 votos favoráveis, na sessão desta segunda-feira (4) da Câmara de Vereadores (005.00320.2017).De acordo com a proposição, a ideia da semana municipal é levar informações não só às pessoas diagnosticadas com fibromialgia, mas para toda população, sobre a importância do diagnóstico. A data também pretende difundir as legislações que garantem serviços e benefícios específicos ao paciente. As atividades, aponta o projeto, seriam promovidas pelo poder público, em parceria com a iniciativa privada e a sociedade civil.Maria Leticia explicou que a fibromialgia é uma “condição muscular crônica que causa dor generalizada em vários pontos sensíveis, principalmente na união dos músculos e tensões”. Segundo a vereadora, a patologia acomete de 3 a 6 milhões de pessoas nos Estados Unidos, o que corresponderia a cerca de 3% da população norte-americana. “Aqui no Brasil não temos pesquisas, mas imagina-se que esteja em torno dessa porcentagem”, afirmou. Ela completou que a maior parte dos pacientes são mulheres, na faixa etária de 30 a 50 anos, mas que homens e pessoas de outras idades também são atingidos.

“É um diagnóstico difícil, dependendo da avaliação clínica. Não há um tratamento específico. Muitas vezes o acompanhamento não é só com analgésicos, e a recomendação é consultar um médico reumatologista”, continuou. A autora ainda apontou que há indícios que a fibromialgia “atinja principalmente o nível socioeducacional mais privilegiado”. Isso talvez tenha relação, avaliou Maria Leticia, com questões como estilo de vida e estresse.

Para Julieta Reis (DEM), a autora disse que a enxaqueca pode ser uma das consequências da patologia e, para Maria Manfron (PP), que a doença é crônica e distinta da Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Ainda no debate do projeto de lei, Thiago Ferro (PSDB) citou que o 12 de maio é o Dia Mundial da Fibromialgia. Helio Wirbiski (PPS) pediu que Maria Leticia diferenciasse a doença da esclerose múltipla, enquanto Marcos Vieira (PDT) perguntou à vereadora sobre a relação entre a fibromialgia e a atividade física – que segundo ela é importante na prevenção do problema.