Aprovados pareceres da Comissão de Legislação

por Assessoria Comunicação publicado 14/05/2013 16h45, última modificação 15/09/2021 11h58
Dois requerimentos de Dirceu Moreira (PSB) que submeteram pareceres da Comissão de Legislação, Justiça e Redação à apreciação do plenário foram derrubados nesta terça-feira (14). As proposições foram apresentadas com a assinatura de cerca de 20 vereadores, mas somente 15 votaram contra a decisão do colegiado.     

Os membros da Comissão de Legislação acataram pareceres de Felipe Braga Côrtes (PSDB) pelo arquivamento de dois projetos de lei de Dirceu Moreira. O primeiro (005.00119.2013) dispõe sobre a proibição da cobrança de valores para a utilização dos estacionamentos de veículos em shopping centers ou congêneres em Curitiba. O outro (005.00120.2013) dispõe sobre a proibição da cobrança de valores para utilização de estacionamento de veículos nos hospitais, clínicas, prontos-socorros e estabelecimentos congêneres na cidade.

Braga Côrtes defendeu que ambos são inconstitucionais, por serem decisões de competência privativa da União. Nessa situação, conforme o Regimento Interno da Câmara de Curitiba, o autor de uma proposta arquivada pode, mediante o apoio de 1/3 dos vereadores, solicitar à Mesa Diretora a deliberação em plenário do arquivamento.

Esse foi o recurso usado por Dirceu Moreira, que apresentou os requerimentos solicitando a análise dos dois pareceres com a assinatura de cerca de 20, dos 38 parlamentares da Casa. “Existem projetos semelhantes aprovados em vários estados e essa discussão precisa ser aprofundada em plenário. São projetos importantes para a nossa cidade”, defendeu.     

No entanto, ambos os recursos (069.00005.2013 / 069.00006.2013) foram derrubados pelo plenário com 18 votos favoráveis e 15 contrários aos pareceres da Comissão de Legislação pelo arquivamento dos projetos do vereador. Presidente do colegiado, Julieta Reis (DEM) explicou aos presentes que a Comissão de Legislação avalia os aspectos constitucionais da matéria. “Ambas as proposições padecem de constitucionalidade. Não compete à Câmara Municipal legislar sobre esse assunto”, ponderou.

Braga Côrtes, por sua vez, citou exemplos de entidades filantrópicas, como o Hospital Erasto Gaerter, que usam a renda da cobrança pelo uso do estacionamento para manutenção de suas atividades. Ele ainda concluiu, explicando que ambas as propostas invadem a “competência da União para legislar sobre direito civil”.