Aprovado plantio de erva-mate e mais 2 sugestões ao Executivo

por Assessoria Comunicação publicado 01/10/2018 12h45, última modificação 28/10/2021 11h03

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) enviará três indicações ao Poder Executivo, todas aprovadas durante a sessão desta segunda-feira (1º). As sugestões tratam do plantio da erva-mate em praças e bosques da cidade, para a preservação e divulgação da espécie (203.00143.2018); da criação de política pública de práticas restaurativas nas escolas municipais, para a mediação de conflitos entre os estudantes (201.00083.2018); e da implantação de uma travessia elevada no bairro Alto Boqueirão (203.00142.2018).

A ideia é que o programa voltado à preservação da erva-mate envolva a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) e a rede municipal de ensino. “Não posso aceitar que a cidade não tenha sequer uma árvore de erva-mate em suas avenidas”, disse o autor da indicação à Prefeitura de Curitiba, Tito Zeglin (PDT). Ele destacou que a espécie faz parte da história do Paraná: era consumida pelos índios e seu cultivo foi considerado a atividade econômica mais importante, no século 19. “Seu galho está na bandeira do estado”, lembrou o vereador.

“O Paraná é o celeiro da produção da erva-mate”, continuou. Segundo Zeglin, ele recentemente recebeu uma comitiva estrangeira, interessada em conhecer o pinheiro e a erva-mate. “Passei vergonha”, afirmou ele, por não conseguir localizar uma árvore da segunda espécie. O autor ainda defendeu propriedades de seu consumo, como digestivas, diuréticas e estimulantes.

Para Jairo Marcelino (PSD), um bom local para o plantio seria o parque da Barreirinha. “A gente tem que valorizar plantas nativas”, defendeu Goura (PDT). “Hoje também não vejo um pé de erva-mate”, apontou Maria Manfron (PP). Thiago Ferro (PSDB), por sua vez, defendeu que o consumo de tererê e de chimarrão, bebidas preparadas a partir da planta, leva à socialização das pessoas. Oscalino do Povo (Pode) e Zezinho Sabará (PDT) participaram do debate, em apoio à sugestão.

Mediação de conflitos
A aplicação de práticas restaurativas na rede municipal de ensino foi proposta a partir de um projeto de lei (005.00090.2018), retirado pelo autor após parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O entendimento do colegiado foi que a implantação de políticas públicas é uma atribuição do Poder Executivo, e que por isso a matéria apresentava vício de iniciativa.

Autor da proposta de lei e da sugestão à prefeitura, Professor Silberto (MDB) citou sua experiência como diretor de colégios estaduais. “[No começo] a Patrulha Escolar [da PM-PR] ia todos os dias. Com o passar da experiência, a gente começou a desenvolver uma prática diferenciada, de conversar com os alunos, fazer a conciliação. Através do diálogo, a gente conversava com eles e apaziguava a situação”, explicou. Segundo ele, caso a mediação não fosse bem sucedida, a segunda tentativa envolvia os pais. “Só em um terceiro momento era chamada a Patrulha.”

O autor citou o episódio em que dois adolescentes foram feridos a tiros por colegas, em um colégio estadual de Medianeira (PR), na última sexta-feira (28). Um dos suspeitos disse ser vítima de bullying. Para o vereador, a mediação poderia evitar casos como esse. “Muitas vezes, nossos alunos andam muito agressivos, e acabam tomando atitudes que não são benéficas.” De acordo com ele, a iniciativa requer a capacitação de uma equipe de professores de cada estabelecimento. Em apoio à indicação, Oscalino avaliou que “prevenir é sempre melhor que remediar”.

Travessia elevada
Com a justificativa de melhorar a segurança de estudantes de três instituições de ensino da região, a travessia elevada seria implantada na Wilson Dacheux Pereira, entre ruas Pastor Antonio Polito e Francisco Derosso, no Alto Boqueirão. O autor, Geovane Fernandes (PTB), alerta que o local possui um fluxo intenso de pedestres, em especial de crianças e adolescentes.

Restrições eleitorais
Em respeito à legislação eleitoral, a divulgação institucional da CMC será controlada editorialmente até o dia 7 de outubro. Não serão divulgadas informações que possam caracterizar uso promocional de candidato, fotografias individuais dos parlamentares e declarações relacionadas aos partidos políticos. As referências nominais aos vereadores serão reduzidas ao mínimo razoável, de forma a evitar somente a descaracterização do debate legislativo – e ainda que nestas eleições só metade dos parlamentares sejam candidatos, as restrições serão aplicadas linearmente a todos os mandatos (leia mais). Você pode ver os discursos dos vereadores na íntegra em nosso YouTube.