Aprovado crédito de R$ 5,7 mi para conclusão do Terminal do Tatuquara

por Assessoria Comunicação publicado 04/11/2019 13h10, última modificação 12/11/2021 06h33

Com 29 votos favoráveis, em votação unânime nesta segunda-feira (4), os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovaram crédito adicional especial ao orçamento deste ano do Executivo. Do total de R$ 6,050 milhões, R$ 5,7 milhões são para as obras do Terminal do Tatuquara e R$ 350 mil para a contratação de funcionários para a Fundação de Ação Social (FAS) via processo seletivo simplificado (013.00007.2019).

A origem dos recursos, segundo a proposição, é o resgate de encargos da dívida pública, no valor adicional referente às obras no Terminal do Tatuquara, e remanejamento interno à FAS, que utilizará rubrica da folha de pagamento com a contratação via PSS. Os funcionários a serem contratados trabalharão no Serviço Especializado de Abordagem Social.

“Há dez anos, entreguei abaixo-assinado para um prefeito, que buscou a reeleição e não deu certo, reivindicando terminal de ônibus na Região Sul. Quando comecei esse movimento, diziam que eu estava louco”, disse Rogerio Campos (PSC), iniciando o debate da proposta em plenário. Ele justificou a necessidade do Terminal do Tatuquara por morarem, na região, “mais ou menos 150 mil pessoas”.

“Tem gente que se retorce quando eu agradeço ao prefeito, mas ia fazer o quê? Tem que agradecer a quem faz. Se fosse o contrário, eu estava aqui cobrando. Vai trazer mais qualidade de vida para os moradores, pois é a regional mais distante. Quando o terminal for inaugurado, virão outras benfeitorias”, completou Campos, dizendo que passa todos dias ao redor da obra e as fundações estão adiantadas.

Para Mestre Pop (PSC), a obra irá “desafogar o Terminal do Pinheirinho”. “Eu acredito que o crédito vai alavancara a obra, que é importante para todos que utilizam o transporte público na região”. O vereador vê no terminal um polo de atração de investidores para a Região Sul. “Eles vão oportunizar mais empregos e fazer crescer a economia local”, afirmou. Serginho do Posto (PSDB) e Mauro Bobato (Pode) somaram-se aos parlamentares, sendo que este acrescentou que na Região Sul “o Terminal do Sítio Cercado já merece uma requalificação, pela densidade populacional de lá”.

Abordagem social

A contratação de funcionários em caráter emergencial pela FAS, via processo seletivo simplificado, foi questionada em plenário pela vereadora Professora Josete (PT). Ela reclama que não foi explicitado o motivo das contratações nem no projeto, nem nos documentos depois enviados à CMC pelo Executivo.

Por estarmos no final de ano, quando ocorrem as celebrações de Natal, Josete considera que o reforço da abordagem social possa estar relacionada a uma “política higienista”, de “retirar a população em situação de rua do Centro”. Para Ezequias Barros (Patriota) não se trataria disso, mas do uso desses profissionais em ações de regularização fundiária, “mas esse é um esclarecimento que cabe à FAS”.