Incêndio não vai atrasar Hospital Pequeno Príncipe Norte, diz diretor

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 29/11/2023 14h25, última modificação 29/11/2023 14h45
Na Câmara de Curitiba para participar da Tribuna Livre, José Álvaro Carneiro prestou contas do Hospital Pequeno Príncipe e agradeceu o apoio da comunidade.
Incêndio não vai atrasar Hospital Pequeno Príncipe Norte, diz diretor

Diretor corporativo do Hospital Pequeno Príncipe, José Álvaro Carneiro fala sobre incêndio no Hospital Pequeno Príncipe. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

No último dia 31 de outubro, às 7h30, um incêndio destruiu os ambulatórios de oncologia, de hematologia e de transplante de medula óssea do Hospital Pequeno Príncipe (HPP). Um mês após a tragédia, o diretor corporativo do HPP, José Álvaro Carneiro, participou da Tribuna Livre da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta quarta-feira (29), para agradecer o apoio recebido dos curitibanos, com doações, e dizer que a expectativa é reinaugurar as alas destruídas em abril de 2024. Ele garantiu que o incêndio não atrasará a expansão do Pequeno Príncipe, cujas obras do Hospital Norte começarão no ano que vem.

“O incêndio não vai trazer nenhum tipo de consequência para o andamento do HPP Norte”, afirmou José Álvaro Carneiro, que ressaltou a importância dessa obra para o planejamento da instituição, que busca ampliar os atendimentos de alta complexidade nos próximos anos. “Vamos continuar a existir onde estamos hoje [no bairro Água Verde], mas vamos tirar dali os procedimentos mais simples e rápidos, típicos de um hospital-dia [levando para o HPP Norte]”, explicou. O diretor corporativo do Hospital Pequeno Príncipe foi convidado pelos vereadores Jornalista Márcio Barros (PSD) e Serginho do Posto (União).

A coordenação da Tribuna Livre coube ao presidente da CMC, Marcelo Fachinello (Pode), e o diálogo entre José Álvaro Carneiro e os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba foi transmitido ao vivo nas redes sociais. Participaram, além dos citados, Bruno Pessuti (Pode), Mauro Bobato (Pode), Amália Tortato (Novo), Alexandre Leprevost (Solidariedade), Rodrigo Reis (União), Sidnei Toaldo (Patriota), Sargento Tânia Guerreiro (União), Professora Josete (PT) e João da 5 Irmãos (União).

Recursos para construir HPP Norte virão dos governos federal e estadual

“A construção do Hospital Pequeno Príncipe Norte vai custar R$ 70 milhões”, disse José Álvaro Carneiro, adiantando que, nos próximos dias, é aguardado o anúncio, por parte dos governos federal e estadual, dos recursos para a obra. O arranjo institucional prevê R$ 15 milhões de Itaipu Binacional, R$ 15 milhões em emendas dos deputados federais, R$ 20 milhões do Governo do Paraná e R$ 20 milhões em emendas dos deputados estaduais. Em contrapartida, o HPP investirá os R$ 44 milhões de infraestrutura necessários para a operação da nova unidade.

“O HPP Norte estará pronto, já funcionando, no final de 2025”, projetou o diretor corporativo do Hospital Pequeno Príncipe. Carneiro anunciou que, em paralelo, além da recuperação das alas destruídas no incêndio, haverá a ampliação da UTI do prédio atual, que ganhará mais 28 leitos. “O nosso momento é de foco em alta complexidade, que poucos lugares do Brasil fazem. Hoje, o HPP faz 14% dos transplantes de medulas pediátricos e 15% dos transplantes pediátricos de fígado, enquanto o Paraná tem só 5% da população”, exemplificou, para mostrar como a instituição se tornou referência para a medicina nacional.

Emendas da Câmara de Curitiba comprarão um raio-x para uso em cirurgias

Destacando a importância das emendas parlamentares para a manutenção do Hospital Pequeno Príncipe, que é 60% SUS, o diretor corporativo agradeceu os vereadores pelos valores enviados à instituição. “Foram R$ 821 mil destinados em 2022, R$ 495 mil neste ano e R$ 1,4 milhão em 2024, que será usado para comprar um Arco em C, que é um raio-x muito especial, usado no centro cirúrgico. Esse apoio da comunidade é essencial”, agradeceu José Álvaro Carneiro. Ele informou que, em 2023, o déficit [do hospital] está em  R$ 22 milhões. “Temos que fazer captação para equilibrar as contas”, disse.