Vereador protesta contra estímulo ao uso de drogas

por Assessoria Comunicação publicado 19/11/2004 00h00, última modificação 17/05/2021 16h40

O vereador Mario Celso Cunha (PSB) entende como “um verdadeiro absurdo a idéia do governo federal de criar um local apropriado para abrigar os usuários de drogas, liberando o consumo e incentivando o tráfico”, disse ele, lembrando ainda que “não podemos estimular o consumo de drogas, muito menos aceitar projetos equivocados como este que cria locais para uso de drogas. É lamentável que governantes pensem nisso para se livrar do problema, que não é policial, mas social”.
A preocupação do vereador deve-se às informações de que o governo Lula está reformulando a política em relação às drogas, com ações que deverão, inclusive, liberar a criação de locais específicos para consumo. O vereador, que foi um principais articulares para a criação do Conselho Municipal de Entorpecentes e também secretário municipal do Menor, lembra que “não há dúvida de que a droga é hoje um mal nacional, principal responsável pelo aumento da violência e da criminalidade, mas adotar ações de eficácia ainda não comprovada poderá inclusive ampliar o problema”, alerta.
Segundo informações obtidas pela assessoria do vereador, a proposta do governo Lula estabelece a criação de locais de uso seguro, mediante autorização do Ministério da Saúde, destinados especialmente a usuários de drogas mais pesadas, como cocaína e crack. “Droga é, essencialmente, um problema de educação e de cultura, aliado a conseqüências de uma política social injusta. Nos parece uma decisão muito simplista criar locais para uso de drogas e virar de costas para o problema”, acrescentou Mario Celso.
Além do problema social, o vereador destaca que isso envolve muito mais saúde pública do que polícia. Ele falou que “este tipo de experiência, criando local próprio para consumo, fracassou num país de primeiro mundo, como a Holanda, que tinha praças liberadas aos drogados. Se num país com renda per capita e o nível cultural da Holanda a iniciativa não deu certo, o que se pode prever que aconteça no Brasil?”, questionou.