Vereador defende volta da integração do transporte metropolitano

por Assessoria Comunicação publicado 02/05/2018 13h05, última modificação 27/10/2021 06h33

O plenário da Câmara Municipal acatou, na sessão desta quarta-feira (2), a sugestão à prefeitura para que se formalize convênio entre o Governo do Paraná e a Urbs para que ela volte a gerenciar a integração do transporte coletivo entre Curitiba e a região metropolitana, reestabelecendo uma tarifa única para a Rede Integrada de Transporte (RIT). A proposta (203.00055.2018) foi defendida pelo vereador Bruno Pessuti (PSD).

“Curitiba, ao longo dos últimos 20 anos, teve a Urbs como gestora de toda RIT, até 2015. Cobrava uma única tarifa, que funcionou muito bem, todos os usuários sabiam como era a passagem e a forma de pagamento”, explicou o vereador, ao sustentar que os moradores da região metropolitana voltem a pagar a mesma tarifa da capital.

O autor ainda lembrou que, com a desintegração do transporte, a Urbs deixou de receber 4% dos R$ 300 milhões arrecadados com as tarifas ao Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC), como taxa de gerenciamento, o que teria levado o órgão à “bancarrota”. Na sua opinião, a prefeitura também poderia mudar a natureza da Urbs, para que passe a ser um órgão da administração indireta, e não mais uma sociedade de economia mista.

Em 2015, houve a desintegração do transporte com a região metropolitana, quando o Município afirmou que não tinha condições de arcar com o subsídio da integração. “A cidade recorreu ao Estado para que esse fizesse o aporte de recursos para equilibrar o sistema, porém em 2015, a tarifa foi desintegrada, fazendo com que muitas linhas metropolitanas tivessem valor superior ao urbano de Curitiba”, afirma Bruno Pessuti, na justificativa do requerimento.

Em aparte, Jairo Marcelino (PSD) considerou que a intenção do vereador “pode ser das melhores”, mas que não concorda que o passageiro que “pega o ônibus no Ahú até a [praça] Rui Barbosa, tenha que subsidiar quem vem de 40 km [de distância]”. Para ele, a tarifa única “custa muito caro”, já que a prefeitura estaria subsidiando o sistema com cerca de R$ 8 milhões ao mês. Mauro Bobato (Pode) e Osias Moraes (PRB) comentaram a sugestão de Bruno Pessuti e apoiaram a iniciativa.