Projetos de meio ambiente discutidos na Câmara

por Assessoria Comunicação publicado 26/11/2004 00h00, última modificação 17/05/2021 17h11

O 1º Seminário Educação Ambiental foi realizado nesta sexta-feira (26), no auditório do Anexo II da Câmara de Curitiba, por proposição da vereadora Roseli Isidoro (PT), que destacou o compromisso de levar temas de relevância, como os relativos ao meio ambiente, ao conhecimento de todos. “É a nossa função enquanto parlamentar”, frisou.
A representante do Ministério da Educação e Cultura, na área de educação ambiental, Patrícia Mendonça, detalhou a legislação em vigor, que permite o desenvolvimento de projetos ambientais para a capacitação de alunos e professores da rede pública. Segundo ela, desde 99, o MEC vem ampliando espaços junto às instituições de ensino, visando mudanças de paradigmas. Como a idéia é complexa, deve estar diluída nas áreas complementares do conhecimento, passando do ensino fundamental para o superior. Patrícia exemplificou, citando o Programa Nacional de Educação Ambiental, através de projetos como o Fórum da Educação Ambiental e o Planejamento Participativo, implantado nas escolas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida na comunidade.
Dentro deste aspecto, os alunos do Colégio Estadual Cecília Meireles, em Curitiba, mostraram o trabalho que a escola vem desenvolvendo, evitando, este ano, que cinco toneladas de papel fossem jogadas no rio Cachimba, além de preservar uma área de 1.700m2 de eucalipto, entre outros benefícios. A iniciativa tem a participação efetiva de 200 estudantes. Para a diretora do estabelecimento, professora Natalia dos Santos Silva, “é preciso criar a consciência ecológica, sensibilizando a comunidade de que não se pode jogar material reciclável nos rios. “Se um colégio de Curitiba conseguiu fazer este trabalho, imaginem o que podemos fazer se tivermos maior apoio e mais escolas envolvidas no processo”, disse.
Diretrizes curriculares
Ana Maria Dias Ferreira, da Coordenadoria de Atividades Complementares e Projetos Científicos da Secretaria de Educação do Paraná, afirmou que em nível de Estado as diretrizes curriculares vêm sendo descentralizadas pelo Plano de Educação Estadual, que contemplou a temática do meio ambiente. Segundo a coordenadora, professores e alunos da rede estadual de educação vêm sendo atendidos através do programa Agenda Sócio-ambiental Agenda 21 Com-Vida. Atualmente, existem 1.316 projetos ambientais em desenvolvimento no Estado, contra 214 apresentados em 2003.
Também participante do evento, o professor Nalmique da Costa Lima, da UFPR, apresentou fotos que mostram a degradação do solo paranaense e o trabalho que a universidade vem desenvolvendo, através do projeto Experiência Extensionista do Solo na escola. Costa Lima disse que a universidade tem toda a responsabilidade, toda ação e boa vontade para colaborar na conservação e preservação do meio ambiente. Para ele, o solo é o elemento de integração do meio ambiente, por ser o mais importante componente do ecossistema terrestre. “O solo é um filtro que protege a qualidade de vida. Demora para nascer, não se reproduz e morre facilmente. A natureza não é burra”.
Proteção à natureza
O seminário contou, ainda, com Hélio Amaral, representante da Universidade Livre do Meio Ambiente, que falou sobre o Projeto Ecos – Espaço de Contraturno Sócioambiental, cujo compromisso é atender crianças de 6 a 12 anos, no contraturno escolar, para reforçar a cidadania e a sua interação com o meio ambiente.
Já Danielle Ronqui, da Fundação O Boticário, informou que a missão da empresa é realizar ações de proteção à natureza através dos diversos projetos, citando, como exemplo, o Estação Natureza, exposição criada em dezembro de 2001 e que já recebeu a visita de 40 mil alunos e 640 professores; o projeto Biomas, que leva a biodiversidade brasileira para as escolas, e o projeto Educação e Mobilização, que disponibiliza informações científicas para educadores e alunos.
Estavam presentes também Rosa Maria Ricalla, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que falou da importância de sensibilizar a sociedade paranaense para a necessidade da conservação da biodiversidade; Rosana Campanholo, bióloga da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, para quem a “política ambiental não é modismo e ideologia”, e Maria Leonor Nunez, da Secretaria Municipal de Educação.