Projeto torna rigorosa a lei do bronzeamento

por Assessoria Comunicação publicado 22/09/2008 17h10, última modificação 22/06/2021 07h45
A Câmara de Curitiba quer ampliar a segurança e garantir a saúde dos usuários de câmaras de bronzeamento artificial. A lei, aprovada no ano passado, obriga que os estabelecimentos alertem, através de avisos, sobre os perigos dos raios ultravioleta. Agora, nova proposta acrescenta outros itens.
Segundo o projeto, além da lei em vigor, fica proibido o uso de câmara de luz sem intervalo mínimo de 72 horas e a utilização de quaisquer produtos que acelerem o bronzeamento. A exposição fica limitada ao período de 30 minutos por sessão.
Além disso, funcionários devem receber treinamento constante e alertar usuários sobre os riscos da exposição em excesso. Adolescentes com idade entre 16 e 18 anos só poderão usar o serviço com autorização do responsável.
O argumento para ampliar a lei é que “a saúde é fator imprescindível para que o homem viva bem e com qualidade. Mas vivemos em uma sociedade voltada para o visual, com tendências aos apelos da moda e à estética corporal. Regras fundamentais e primordiais, inerentes à preservação da saúde, são deixadas de lado, dando margem às práticas duvidosas de embelezamento contínuas. Em nome do padrão de vaidade e beleza imediatas, mulheres e homens procuram clínicas de bronzeamento artificial, sem noção dos riscos, como lesões na retina, queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele.”
Riscos
A exposição por 30 minutos na câmara corresponde a um dia inteiro no sol. Segundo os médicos especialistas em câncer de pele, mesmo para pessoas morenas ou negras, que têm pele mais resistente, o ideal é evitar abuso no sol ou em câmaras de bronzeamento que ainda não dispõem de controle governamental para o teste das lâmpadas que transmitem radiação.
As clínicas de bronzeamento artificial já são obrigadas a colocar avisos sobre o que é o câncer de pele, quais as causas e como pode ser evitado. “Não há leis que limitem a quantidade de raios ultravioletas. Mesmo que tivesse, é importante que a pessoa saiba que os padrões de medição podem não condizer com o seu histórico de vida ou antecedentes”, avaliam. Por isso, destacam a necessidade e importância da normatização da matéria.