Mario sugere ação de indenização no caso do Capivari

por Assessoria Comunicação publicado 15/02/2005 00h00, última modificação 18/05/2021 16h13
O vereador Mario Celso Cunha (PSB) sugeriu que as entidades de classe de Curitiba ligadas ao comércio e à industria estudem a possibilidade de acionar o governo federal por eventuais prejuízos que estejam sendo causados com o desabamento da ponte sobre o rio Capivari-Cachoeira. Segundo o vereador, vários segmentos estão sendo prejudicados, desde o setor de transporte até o de turismo, já que as dificuldade provocadas pelo acesso e a ampla divulgação que se deu ao acidente repercutiram negativamente, prejudicando o município.
“Embora a ponte se situe em Campina Grande do Sul, ela é a principal ligação entre Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e todas as demais cidades das demais regiões brasileiras. Há, desta forma prejuízos que podem ser quantificados, especialmente quando se noticia a possibilidade da interdição total da segunda ponte”, explica o vereador.
Para Cunha, o descaso do governo federal em relação às rodovias é o principal responsável pelo acidente. “O programa de conservação de estradas do Ministério dos Transportes foi suspenso em 1977. Mas continuamos todos pagando a Cide, um tributo que era para ser empregado nas estradas, mas que está sendo desviado para o pagamento de juros da dívida. Da mesma forma também continuamos pagando o IPVA, cujo destino deveria ser a conservação de nossas estradas”, afirmou.
O que mais revolta – acrescentou – é que desde outubro o Departamento Nacional de Infra-estrutura em Transportes vinha sendo alertado a respeito do aumento do desnível da ponte, sem tomar qualquer providência. A própria Polícia Rodoviária vinha emitindo boletins a respeito do problema, mas não foi ouvida e, agora, segundo relatório do DNIT, a culpa é da natureza.
O vereador lembra que as empresas de transporte de Curitiba estão sendo obrigadas a recorrer 300 quilômetros a mais, em estradas de péssima conservação, pagando inclusive pedágio em alguns trechos, para chegar a São Paulo. “É hora das entidades de classe se organizarem e buscarem seus direitos na justiça, com aval da classe política”, completou.