Lideranças se unem para criar rádio comunitária

por Assessoria Comunicação publicado 20/07/2009 17h00, última modificação 24/06/2021 10h59
O vereador Pedro Paulo (PT) acompanhou reunião de lideranças comunitárias e religiosas para discutir a organização de uma rádio comunitária no Pinheirinho. A discussão, nas dependências da Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração, teve também a participação do vigário da paróquia, padre Vieira, um dos incentivadores do projeto. Segundo o religioso, "é muito importante ter um instrumento de comunicação como a rádio para informar, educar, conscientizar e debater assuntos de interesse da comunidade local."
Todas as lideranças aprovaram a proposta e se comprometeram a colaborar na sua organização. Pedro Paulo salientou que "a reunião é o início do processo, que deve envolver outras lideranças e, em especial, a juventude do bairro. A rádio comunitária será dirigida por membros da comunidade e deve ser um instrumento para democratizar informações e servir aos nossos interesses."
João Paulo Mehl, que é militante da área de comunicação e prestou assessoria nas discussões, incentivou a participação de todos do processo de organização da Conferência Nacional de Comunicação, do governo federal. "A mídia ainda é controlada por grupo pequeno e poderoso, daí a importância de lutarmos por meios de comunicação alternativos como uma rádio comunitária. A conferência é um momento importante desta luta", comentou João Paulo.
O próximo encontro, marcado para o início do mês que vem, deve reunir outras lideranças da região e ouvir experiências de comunidades que já possuem rádio comunitária.
Como funciona
O Serviço de Radiodifusão Comunitária foi criado em 1998 e regulamentado por decreto do mesmo ano. Trata-se de radiodifusão, em frequência modulada (FM), de baixa potência (25 Watts) e cobertura restrita a um raio de 1km a partir da antena transmissora. Podem explorar esse serviço somente associações e fundações comunitárias sem fins lucrativos, com sede na localidade da prestação do serviço. As estações de rádio comunitárias devem ter programação pluralista, sem qualquer tipo de censura, e devem ser abertas à expressão de todos os habitantes da região atendida.
A programação diária de uma rádio comunitária deve conter informação, lazer, manifestações culturais, artísticas, folclóricas e tudo que possa contribuir para o desenvolvimento da comunidade, sem discriminação de raça, religião, sexo, convicções político-partidárias e condições sociais. A programação deve respeitar sempre os valores éticos e sociais da pessoa e da família, prestar serviços de utilidade pública e contribuir para o aperfeiçoamento profissional nas áreas de atuação dos jornalistas e radialistas. Além disso, qualquer cidadão da comunidade beneficiada terá o direito de emitir opiniões sobre quaisquer assuntos abordados na programação da emissora, bem como manifestar ideias, propostas, sugestões, reclamações ou reivindicações.