Curitiba pode erradicar ocupações, diz Chaowiche

por Assessoria Comunicação publicado 30/11/2009 18h55, última modificação 28/06/2021 10h23
“Curitiba hoje é uma das poucas capitais do Brasil que está com 100% das obras do PAC em andamento.” A afirmação é do presidente da Companhia de Habitação Popular (Cohab-CT), Mounir Chaowiche, que esteve na Câmara Municipal, na tarde desta segunda-feira (30), para apresentar o andamento das obras do PAC da Habitação em Curitiba. “Cerca de 700 casas serão entregues até o final desse ano”, disse. Segundo Chaowiche, os investimentos de 2005 até 2009 possibilitaram beneficiar 30 mil famílias, cerca de 122 mil pessoas, sendo que, dos R$ 428 milhões aplicados, R$ 268 milhões vieram do governo federal, BID, Fonplata e CEF e a outra parte do município. “Com isso, Curitiba conseguirá eliminar, até o final do ano, 30% da ocupações de risco, podendo ainda, até dezembro de 2010, com novas contratações, duplicar esse índice.”
Mounir Chaowiche iniciou falando sobre a dificuldade de o município acompanhar o crescimento da capital e acomodar todos os moradores que vieram de outras cidades em busca de oportunidades e acabaram se instalando em áreas de risco, em condições subumanas, formando as ocupações irregulares. A partir daí, disse, o prefeito Beto Richa, colocou a moradia como uma de suas principais metas, estabelecendo um plano de habitação. Nesse sentido, foram desenvolvidos vários programas de urbanização, priorizando a relocação das ocupações, juntamente com a recuperação das bacias hidrográficas. “Trinta e dois quilômetros de margens já estão sendo recuperados”, frisou.
Esclarecimento
Em resposta aos atrasos para conclusão de algumas moradias, Chaowiche atribuiu a diversos fatores a impossibilidade de cumprir os prazos. Entre eles, as constantes chuvas dos últimos quatro meses, regularização jurídica, dificuldades em encontrar terrenos disponíveis, assim como outros obstáculos, alguns em âmbito federal e enfrentados também por outras cidades contempladas pelo programa. Além da dificuldade de contratação, o limite de custo por unidade, de RS 23 mil, e o grande número de obras concentradas ao mesmo tempo, Chaowiche enfatizou o aumento do custo dos materiais de construção e a escassez de oferta de mão de obra. “Apesar do asfalto não fazer parte do programa, Beto Richa fez questão de garantir 100% da pavimentação”, ressaltou.
Conforme o presidente, a Cohab não trabalha apenas com a construção das moradias, mas também desenvolve projetos de resgate social. O principal objetivo é garantir a casa própria e melhorar a qualidade de vida. “Se unirmos forças, poderemos dizer que Curitiba será a primeira capital brasileira a erradicar as ocupações irregulares”, finalizou. Também esteve presente o superintendente da Caixa Econômica Federal em Curitiba, Celso Matos. A Caixa trabalha em parceria com a Cohab na construção de novas casas, em conjuntos habitacionais, com recursos do PAC e do programa Minha Casa, Minha Vida.
Convite
O convite para Chaowiche ocupar o horário reservado à ordem do dia, grande expediente e explicações pessoais da sessão plenária, para informar sobre o andamento do programa do governo federal em parceria com a prefeitura, foi dos vereadores João Cláudio Derosso (PSDB), presidente da Casa; Mario Celso Cunha (PSB), líder do prefeito, Tico Kuzma (PSB), Roberto Aciolli (PV), Pedro Paulo (PT), Omar Sabbag Filho (PSDB) e Julieta Reis (DEM).