Câmara reúne comunidade para desenhar a nova sede no coração de Curitiba
Representando a presidente do Ippuc, Daniela Mizuta reforçou parceria com a Câmara para novo prédio. (Fotos: Jean Lucredi/CMC)
“O coração da cidade precisa de movimento, de requalificação, de comércio pulsando, de pessoas circulando”. Com essa afirmação, a diretora de Projetos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Daniela Mizuta, abriu, nesta quinta-feira (13), a oficina com a comunidade do entorno da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) para discutir o que deve ser contemplado no projeto arquitetônico do Complexo da Nova Sede da CMC. Realizado no auditório do Anexo 2, o encontro reuniu moradores, comerciantes, estudantes, servidores e especialistas para discutir como a obra pode integrar-se ao Centro e contribuir para sua revitalização.
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A ideia do Ippuc é que o Complexo da Nova Sede da CMC siga as diretrizes do programa Curitiba de Volta ao Centro, que orienta ações de recuperação urbana e atração de novas atividades econômicas e culturais para a região. Daniela Mizuta destacou que o projeto da nova sede é uma oportunidade rara de alinhar arquitetura contemporânea, preservação histórica e ativação do espaço público. “A Câmara é a Casa do Povo. Quando a cidade se reconhece no projeto, ela se apropria dele. E é essa apropriação que faz a transformação acontecer”, afirmou.
Representando o presidente Tico Kuzma (PSD), a diretora de Administração e Finanças da CMC, Jussana Marques, lembrou que o Legislativo enfrenta limitações estruturais severas — infiltrações, instalações antigas, baixa capacidade de público e quatro anexos fragmentados — que motivam a construção da nova sede. Ela reforçou que a obra vai além de resolver problemas internos. “A nova Câmara tem potencial para reorganizar a Barão do Rio Branco, encorajar a presença das pessoas no Centro e impulsionar o comércio e o uso dos espaços públicos. Para isso, ouvir quem vive e trabalha aqui é essencial”, disse.
A programação da manhã incluiu palestra do arquiteto e urbanista Washington Fajardo, coordenador do Cities Lab do BID, que apresentou referências internacionais de projetos capazes de revitalizar áreas degradadas ao integrar patrimônio, usos comunitários e desenho urbano convidativo. Na sequência, a arquiteta Carla Choma apresentou o contexto histórico e urbano da região, destacando as frentes de intervenção previstas na região, além das vocações culturais e educacionais do entorno do Palácio Rio Branco.
No período da tarde, os participantes se dividiram em grupos temáticos para debater três eixos: uso futuro do Palácio Rio Branco, integração do novo edifício com o entorno e espaços destinados à comunidade dentro do complexo. As contribuições serão sistematizadas pelo Ippuc e integrarão o relatório técnico que orientará o concurso público nacional de arquitetura, cujo edital está previsto para fevereiro de 2026. A obra deverá ser licitada ainda no ano que vem, com início dos trabalhos em 2027.

*Notícia revisada pelo estudante de Letras Gabriel Kummer
Supervisão do estágio: Ricardo Marques
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba