Bombas de calor podem garantir economia de 80%

por Assessoria Comunicação publicado 18/04/2007 19h05, última modificação 16/06/2021 08h07
"As bombas de calor podem gerar uma economia de 80%". A afirmação é do representante da Intermedium, empresa que comercializa estes equipamentos, Daniel Becker, que participou do seminário "Eficiência energética: bom para todos – qualidade com redução de custos e poluentes", realizado nesta terça-feira (17), no Círculo Militar do Paraná. O evento foi coordenado pelo vereador Aladim Luciano (PV) e promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Paraná e pela Intermedium. Becker citou como exemplo o caso do próprio Círculo Militar, que, após instalar bombas de calor nas piscinas, está economizando mensalmente R$ 22 mil, valor que pode ser destinado a outros projetos. "O gasto mensal com óleo diesel do clube era de R$ 26 mil e o consumo de energia elétrica de bombas de calor, hoje, é equivalente a R$ 4 mil", comentou.
"Além da eficiência energética, o aquecimento da água e a responsabilidade sócio-ambiental foram alguns dos temas discutidos no evento para conscientizar donos de hotéis e academias de que podem colaborar com o meio ambiente, economizar energia e se beneficiar com possíveis incentivos fiscais", informou Aladim.
José Carlos Bidegain Schmitt, engenheiro mecânico da Climatização Indústria e Comércio de Bombas de Calor, abordou as vantagens econômicas da eficiência energética no aquecimento de água às empresas e oportunidades de mercado. O palestrante contou a história da bomba de calor, que foi desenvolvida na década de 50, nos Estados Unidos, suas principais características, o mecanismo de instalação e funcionamento e suas vantagens. "A bomba de calor não utiliza chaminé e não consome oxigênio, não gera gases tóxicos nem chuva ácida, não consome derivados do petróleo, além de ter um consumo de energia baixo, 12% a 24% menor do que nos sistemas de caldeira ou óleo a gás", explicou Schmitt.
Aquecimento global
A segunda palestra foi ministrada pelo ambientalista Rafael Filippin, da Liga Ambiental, que falou sobre o combate ao aquecimento global. Segundo Filippin, com a adoção dessas tecnologias desenvolvidas, haverá diminuição da emissão dos gases do efeito estufa e dos custos das empresas com energia. Portanto, "praticar eficiência energética é um bom negócio". "No Brasil, cerca de 70% da energia elétrica é produzida em usinas hidrelétricas. O chuveiro elétrico é responsável por aproximadamente 15% da demanda de energia elétrica do País em horário de pico, entre 18h e 21h", ilustrou, acrescentando que, "entretanto, existem alternativas tecnológicas mais seguras, econômicas e eficientes que podem substituir com vantagens os tradicionais métodos de aquecimento de água. As bombas de calor e os coletores solares são equipamentos que promovem a eficiência energética, pois diminuem os custos com energia em até 90% e têm um "pay-back" de até dois anos e meio, dependendo da associação que se fizer de ambas as tecnologias e do volume de água a ser aquecido e distribuído".
"Políticas públicas municipais para a questão ambiental: um debate para a sociedade" foi o tema da palestra ministrada pelo assessor parlamentar do vereador Aladim, Rodrigo Kredens Silva. O assessor apresentou os projetos de lei de Aladim relacionados ao meio ambiente, como o que prevê o Programa da Agenda 21 e o Programa de Incentivo ao Uso da Energia Solar em Edificações Urbanas. Também falou sobre as oportunidades aos empresários de se criar incentivos ao uso de tecnologias que promovam a eficiência energética. "As empresas que adotarem tais medidas podem se beneficiar com possíveis incentivos fiscais", explicou. "Os investimentos em responsabilidade sócio-ambiental sinalizam ao mercado, aos fornecedores, colaboradores e consumidores dos serviços desse setor da economia que as empresas que o compõem têm um diferencial que inclusive pode ser usado no marketing dos empreendimentos", finalizou Kredens Silva.