Autoridades defendem a municipalização da segurança

por Assessoria Comunicação publicado 25/05/2004 00h00, última modificação 12/04/2021 14h22

“A segurança pública precisa urgente de medidas para proteção social. Uma das alternativas seria a municipalização.” O comentário é do ex-secretário de Segurança do Paraná, advogado Rolf Koerner Júnior, ao participar de audiência pública nesta terça-feira (25), na Câmara de Curitiba. A sessão, que contou com diversas autoridades da área, foi dirigida pelo presidente da Comissão de Segurança Pública e Defesa da Cidadania do Legislativo, vereador Ney Leprevost (PP), que convocou o encontro.
A municipalização da segurança pública tem o apoio da maioria das autoridades. Para o titular da Delegacia de Furtos e Roubos, Rubens Recalcatti, esta seria uma maneira de cada município ter a sua segurança, a sua cadeia. Mas, enquanto estas questões estão no plano das discussões, os policiais participam de operações especiais para defesa da vida e do patrimônio.
Críticas
O ex-secretário de Segurança não poupou críticas à atual política de segurança pública no Paraná. Lembrou que “é fácil cumprir a lei sem demagogia, mas com respeito, exigindo-se dos governantes a criatividade e seriedade na prevenção e repressão ao crime.” Mas, segurança pública para Rogério Antonio da Fonseca Lessa, que representou o general Luiz Carlos Minussi, comandante do Exército, deveria iniciar com a revigoração da célula da família, com a valorização da educação e o fortalecimento da religião. “Segurança não é só a utilização do aparato policial. Esta deveria ser a última etapa da questão”, analisa.
O delegado Anibal Bassan Júnior, assessor especial, representando o secretário Luiz Fernando Delazari, comentou sobre a inclusão da digitalização dos processos policiais. “É uma forma de agilizar os procedimentos, principalmente na investigação”, analisa. Comentou, também, que a repressão ao jogo (casas de bingo, principalmente) não é prioridade da Segurança Pública. “O governo teve que assumir esta postura com relação aos bingos depois da comprovação do envolvimento das casas de bingo na lavagem de dinheiro”.
Participantes
“Estados e municípios devem dar as mãos e lutar no combate à criminalidade. Não se pode transferir os problemas”, diz o delegado Luiz Carlos de Oliveira, da Homicídios.
Da audiência pública participaram, ainda, Alberico Ventura do Nascimento, presidente do Conselho Comunitário de Segurança; Nelson de Lima, coordenador do Centro de Operações da Defesa Social, representando o coronel Sanderson Diotalevi, secretário municipal de Defesa Social; Juliano Borguetti, secretário municipal de Esporte e Lazer; delegado Evarisco Kuceki, da PF, além de vereadores.