Aprovado título a empresário

por Assessoria Comunicação publicado 13/09/2004 00h00, última modificação 14/05/2021 09h33

Projeto de lei que concede o título de Cidadão Honorário a Valmor Weiss foi aprovado nesta segunda-feira (13), por unanimidade, na Câmara Municipal. A proposta é de autoria dos vereadores Jônatas Pirkiel e Pastor Valdemir Soares. Valmor Weiss é catarinense de Rio do Sul, nascido em 1937. Em 1954, veio para Curitiba, onde casou-se com Marlene Regina Weiss e nasceram seus três filhos. A vida do empresário tem particularidades que devem ser ressaltadas, em especial que participou de importante momento da vida institucional do País. Foi jornalista do jornal “Última Hora”, de 1959 a 1964, o que lhe custou não só a sua expulsão do Exército Brasileiro, em 1964, mas a prisão por mais de um ano, em razão de ter se posicionado contra o golpe militar.
Desde 1973, tem atuado nos ramos de transporte de cargas, de táxi e transporte aéreos, destacando-se pela sua capacidade empreendedora e dinamismo pessoal, o que o transformou num dos mais destacados empresários de nossa cidade. Hoje, administra um grupo empresarial genuinamente curitibano, que emprega mais de 560 pessoas e gera incontável número de empregos indiretos, tendo sido, ainda, responsável pela ampliação e internacionalização do Aeroporto Afonso Pena e duplicação da rodovia Curitiba–Florianópolis.
Nos últimos 25 anos, também desenvolveu atividades sindicais, tendo exercido cargos de liderança em várias entidades. Foi presidente e vice do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado (Fetranspar), vice-presidente e diretor da NTC, a Associação Nacional do Transporte de Cargas, e coordenador do Grupo de Segurança do Transporte do Ministério da Justiça (GST), entre outros.
Sua participação na defesa dos interesses da categoria é incansável, mantendo ainda hoje presença importante na representação do setor, ocupando atualmente cargos em diversas entidades, como o de vice-presidente da FIEP, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná.
Assistência Social
Se dedica, ainda, aos menos favorecidos, sendo um dos fundadores da Fundação de Assistência da Criança Cega de Curitiba e da Associação Só Vida para Aidético, criada com verbas oriundas de doações e da venda do livro “O Bugrinho”, de sua autoria.
Politicamente, notabilizou-se na luta pela democracia no episódio do movimento militar de 31 de março de 1964. Por conta de suas idéias democráticas e libertárias e com a confirmação do golpe, Valmor Weiss foi preso nos porões do 20º Regimento de Infantaria, no bairro do Bacacheri, em Curitiba, sendo posteriormente transferido para a Penitenciária do Ahú, onde era vigiado como preso da Presidência da República, permanecendo por mais de um ano detido.
Apesar de toda violência moral e psicológica que sofreu, manteve-se fiel aos seus princípios ideológicos, dizendo que não se considera um inocente injustiçado, pois acredita ter sido um jovem comum, com idéias de liberdade, igualdade e auxílio ao próximo e que, por isso, pagou o preço caro imposto por um regime totalitário.
Recebeu inúmeras honrarias, tendo sido eleito pelo Jornal Gazeta Mercantil, nos anos de 1985 e 1986, “Líder Empresarial”. É, também, Cidadão Honorário do Paraná, entre outros títulos.
“Valmor é um dos injustiçados pela ditadura militar”, afirmou o vereador Celso Torquato, durante a sessão desta segunda-feira. Também se manifestou o líder do prefeito na Casa, vereador Sabino Picolo, que enalteceu a preocupação pelo social que o empresário possui.