180 anos depois, a saga do pirata inglês que se escondeu no Pilarzinho

por Assessoria Comunicação publicado 26/04/2019 10h25, última modificação 05/11/2021 07h34

Muita gente já ouviu falar na lenda do pirata inglês Zulmiro, que teria escondido um tesouro nas ruínas de São Francisco, no Centro Histórico de Curitiba. Ou em túneis secretos que conectam os prédios antigos da cidade. Mas a verdade parece ser outra bem diferente: Francis Hodder, ou João Francisco Inglês, ou Zulmiro, como você quiser chamá-lo, contou a um amigo ter escondido um valioso tesouro na Ilha da Trindade, no litoral do Espírito Santo. Numa briga, Hodder mata um colega oficial da marinha britânica, torna-se o pirata Zulmiro e, escondido em Curitiba, adota o nome brasileiro. O ciclo termina com o assassinato do seu confidente, décadas depois, no Rio de Janeiro. Um roteiro de filme que conecta Curitiba a um dos maiores roubos da história a pirataria.

O caso foi publicado no Jornal do Brasil, em 1896, repleto de lacunas e sem a documentação. O tesouro, por exemplo, nunca ninguém encontrou – seriam relíquas roubadas da catedral de Lima, no Peru, em 1821. Para despistar as autoridades, Zulmiro teria se escondido em Curitiba, no bairro Pilarzinho, em 1838, após escapar da marinha inglesa. Com a descoberta do nome João Francisco Inglês no livro de registro de sepultamentos do Cemitério Municipal São Francisco de Paula pelo pesquisador Marcos Juliano Ofenbock, no final de 2018, tudo começa a fazer sentido e as peças deste quebra-cabeças começam a se encaixar. E Documentos da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) ajudam na solução do mistério.

Bateu a curiosidade? A história completa é contada no podcast da Câmara Municipal de Curitiba, o Curitibacast. O terceiro episódio está disponível nos players Spotify, Radio Public e Anchor, sendo que neste último não é necessário cadastro. É clicar em www.anchor.fm/camaracuritiba e ouvir a incrível história do pirata inglês que se escondeu no Pilarzinho.

Confira na galeria de fotos acima alguns documentos encontrados por Ofenbock ao longo dos 15 anos que passou pesquisando esta história. Também as publicações no Jornal do Brasil sobre o pirata Zulmiro em PDF