Festival da Primavera no calendário oficial

por Assessoria Comunicação publicado 08/06/2004 00h00, última modificação 12/04/2021 15h29

A Câmara de Curitiba aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (08), projeto de lei do vereador Rui Hara (PSDB) que oficializa a comemoração do Festival da Primavera (Haru Matsuri) na cidade. De acordo com a proposta, a festa passa integrar o calendário de eventos culturais da cidade. Segundo o parlamentar, a primavera é festejada em todo o mundo e, nos países europeus, são organizados festivais culturais de música, gastronomia, teatro e cinema. Os orientais também comemoram a chegada da estação e no Japão é promovido o Hanami, festival da Cerejeira.
Em Curitiba, a comunidade nipo-brasileira organiza anualmente a festa, durante o fim de semana do dia a 23 de setembro, quando são promovidas manifestações culturais como ikebana, taikô (tambor), karaokê (música) e odori (dança). Além disso, barracas são decoradas com flores como forma de reverenciar a chegada da primavera e a população tem a oportunidade de degustar a culinária oriental. “Na última festa recebemos 80 mil pessoas”, afirmou Hara.
Para o líder do PP, vereador Angelo Batista, essa é uma oportunidade de se promover a miscigenação dos costumes, da cultura. Manifestaram-se também sobre o assunto os vereadores Julieta Reis (PFL), Jônatas Pirkiel (PL), Nely Almeida (PSDB).
Seminário
Ao fazer uso da tribuna, o vereador Rui Hara também comentou sua participação, no Rio de Janeiro, da I Conferência Nacional "As remessas como instrumento de desenvolvimento no Brasil", organizada pelo Banco Interamericano de Investimentos (BID).
Hara, que é o presidente da ABD (Associação Brasileira de Dekasseguis), apresentou o resultado de pesquisa realizada em parceria com o Sebrae para conhecer o perfil dos dekasseguis (nipo-brasileiros) que emigram ao Japão para trabalhar no painel "Apresentação de estudos de casos: emigração brasileira aos Estados Unidos e Japão".
Durante a conferência foi discutido o impacto econômico das remessas no desenvolvimento local e no setor financeiro brasileiro e o aperfeiçoamento da canalização de mais recursos pela via formal bancária do País. Pesquisas do BID apontam que, no ano passado, mais de US$ 38 bilhões foram enviados às Américas, dos quais o Brasil recebeu US$ 5,2 bilhões. Estima-se que os dekasseguis enviam em torno de US$ 2 bilhões por ano ao Brasil.