Aprovados Utilidade Pública à Funcap e nomes para Cmeis de Curitiba

por Fernanda Foggiato | Revisão: Alex Gruba — publicado 16/04/2024 17h40, última modificação 17/04/2024 08h57
Projetos de lei para reconhecer atuação da Funcap e para denominar Cmeis de Curitiba foram aprovados em 1º turno.
Aprovados Utilidade Pública à Funcap e nomes para Cmeis de Curitiba

João da 5 Irmãos defendeu a Utilidade Pública de Curitiba à Funcap, proposta de lei de sua autoria. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou cinco projetos em primeiro turno, na sessão plenária desta terça-feira (16). Uma dessas propostas é a que reconhece o trabalho da Fundação Athletico Paranaense (Funcap), braço social do Club Athletico Paranaense, com a Declaração de Utilidade Pública Municipal. 

O título é necessário para que as organizações sem fins lucrativos possam firmar parcerias e receber recursos públicos. De autoria do vereador João da 5 Irmãos (MDB), o projeto teve 29 votos positivos e depende na confirmação em segundo turno, na manhã desta quarta (17), para seguir para a sanção ou o veto do Executivo (014.00059.2023, com o substitutivo 031.00024.2024).

A Funcap promove o futebol com uma ferramenta de inclusão social de crianças e adolescentes, [...] como catalizador de transformação social além das quatro linhas, empoderando indivíduos na luta contra as adversidades e na realização de seus sonhos”, disse João da 5 Irmãos. Sua missão é “transformar vidas através do esporte e da educação” e a visão, “tornar-se referência na indústria de futebol” até 2030.

São 17 mil alunos. Destes, 50% são alunos de projetos sociais. São 109 projetos sociais e há projetos sociais internacionais na África e também na Venezuela”, prosseguiu. João da 5 Irmãos lembrou, ainda, da parceria entre Associação dos Servidores da Câmara Municipal de Curitiba (ASCMC) e a Funcap na realização do “Jogar e Fazer o Bem”, no fim dos últimos dois anos, no estádio Ligga Arena. Na ação de 2023, foram arrecadados mais de 600 kits de material escolar e de 3,5 mil brinquedos.

No debate do projeto de lei, Sidnei Toaldo (PRD) comentou que a Funcap possui “um trabalho sério” e que a Declaração de Utilidade Pública vai permitir que a entidade tenha acesso a mais recursos e amplie a sua atuação. “O Athetico hoje é um dos poucos clubes do Brasil que tem uma saúde financeira”, elogiou Angelo Vanhoni (PT). O vereador frisou que o clube planeja construir “um complexo do ensino superior” para os jovens atletas, em seu centro de treinamento.

Ezequias Barros (PRD) destacou “o trabalho que eles vêm fazendo com crianças na cidade”. A Funcap, disse Alexandre Leprevost (União), “é referência para todo o Brasil” em projetos sociais, com trabalhos “que geram resultados positivos para a população de uma forma geral”. A votação foi acompanhada pelo CEO da Funcap, Rubens Neves.

Homenagens póstumas: professoras vão dar nome a CMEIs

Também foram unânimes, com 25 votos “sim”, os primeiros turnos dos projetos de lei que fazem homenagens póstumas a duas professoras de Curitiba, por meio da denominação de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). De Lenidas Dias (Pode), a ideia é que um CMEI do Bairro receba o nome de Maria Antonia Moscalewski Schuartz ( 008.00001.2024 ). 

O autor destacou a trajetória profissional da homenageada, falecida em novembro de 2022, aos 89 anos de idade. A professora e pedagoga Maria Antonia Moscalewski Schuartz, afirmou Dias, foi “uma grande profissional na área de educação”, dedicando-se principalmente ao planejamento e à avaliação educacional. Ela foi servidora da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Paraná e também atuou na Universidade Tuiuti do Paraná e na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

Por iniciativa de Bruno Pessuti (Pode) e de Mauro Bobato (PP), o plenário acatou outra denominação especificada de um CMEI. A ideia, neste caso, é que o equipamento público, localizado no bairro Ganchinho, seja batizado como Maestrina Esmeralda Rovani (008.00002.2024). 

A homenageada faleceu em abril de 2021, aos 53 anos, em decorrência da covid-19. Pessuti explicou que Esmeralda Rovani era professora da rede pública municipal de ensino desde 1992. Ela organizou, durante 15 anos, a Cantata de Natal do Bairro Novo, “conhecido como Natal das mil vozes curitibanas”. “Em 2018 e 2019, a cantata reuniu mais de 700 vozes”, citou.