Em vez de radares, sugerida campanha “de alto impacto” em Curitiba

por Fernanda Foggiato | Revisão: Ricardo Marques — publicado 23/04/2024 19h20, última modificação 24/04/2024 08h30
Autora de sugestão à Prefeitura defendeu que aumento de radares de trânsito não diminuirá a ocupação de leitos do SUS em Curitiba.
Em vez de radares, sugerida campanha “de alto impacto” em Curitiba

Os acidentes de trânsito, lembrou Indiara Barbosa, são uma das justificativas para a ocupação de leitos no SUS de Curitiba. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

 A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou novas indicações de sugestões à Prefeitura no começo desta semana. Indiara Barbosa (Novo) debateu, na última segunda-feira (22), proposta para que o Executivo aposte na educação no trânsito, em vez dos radares, para reduzir a ocupação de leitos no Sistema Único de Saúde (SUS) da capital. “Mas campanhas de alto impacto, realmente efetivas”, pediu a autora.

A indicação de sugestão à Prefeitura de Curitiba, que não é impositiva, pede que as campanhas educativas para a prevenção de acidentes considerem os motoristas, os motociclistas, os ciclistas, os pedestres e os motoristas de ônibus. “Foi falado bastante, nas últimas semanas, sobre a superlotação das UPAs, [...] e a justificativa das autoridades de saúde, inclusive do prefeito, foi o aumento dos casos de dengue, das doenças respiratórias e dos acidentes de trânsito. E o prefeito deu uma entrevista sugerindo aumentar ainda mais no nosso município a quantidade de radares”, afirmou a autora.

“A gente viu, nos últimos tempos, nos últimos anos, o aumento grande do número de radares, [...] as pessoas reclamando muito desta questão da indústria da multa. E a justificativa que a Prefeitura sempre nos apresenta é justamente a questão dos acidentes e mortes no trânsito”, continuou Indiara. “Fica a pergunta: será que está sendo efetiva esta quantidade de radares no trânsito? Pelo jeito, não”, ponderou.

Para a vereadora, Curitiba deveria retomar as campanhas educativas de trânsito, como as realizadas no fim da década de 1990, “que usavam os animais, as antas, bem impactantes à população”. Indiara Barbosa disse ter conversado sobre a proposta com a Urbs (205.00162.2024). Cabe à Prefeitura acatar, ou não, as sugestões aprovadas pela CMC.

Abaixo-assinado por calçadas e mais sugestões da Câmara de Curitiba

O plenário também chancelou, na sessão da última segunda (22), indicação de sugestão assinada por Alexandre Leprevost (União). O pedido, neste caso, é para que o Executivo implante calçadas e acesso com acessibilidade nos arredores do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Jardim Alegre, localizado no bairro Santa Cândida (205.00159.2024). “Nós temos um abaixo-assinado com 170 nomes solicitando esta demanda, [...] incluindo professores, pais e moradores da região”, disse o autor.

Leprevost defendeu que a medida é essencial para garantir mais segurança, bem-estar, inclusão e acessibilidade para as crianças e seus familiares. O vereador ponderou que o equipamento público é de responsabilidade do poder público, a quem pediu “coerência”. “É importante ressaltar que a Prefeitura notifica os proprietários de imóveis para a implantação de calçada e [obras de] acessibilidade”, justificou. “Quando [a calçada] está na frente do Cmei, de quem é a obrigação? Não fica muito difícil de saber, [...] inclusive, com o mesmo rigor que eles cobram do cidadão”, concordou Amália Tortato (Novo).

Mais três sugestões foram aprovadas pelos vereadores, no começo desta semana, sem o debate pelo plenário. De Sidnei Toaldo (PRD), as propostas são para incluir uma rua do Santo Inácio e uma travessa do Botiatuvinha no Programa Asfalto no Saibro (respectivamente, 205.00157.2024 e 205.00158.2024). De Professor Euler (MDB), o pedido é para que seja instalada uma lombada em rua do Bigorrilho (205.00156.2024).