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Entre Ruas & Memórias


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A

Anita Garibaldi

Logradouro: avenida
Regional: Boa Vista
Bairro: Juvevê-Cachoeira-São Lourenço
Decreto: 42/1932 
Iniciativa: Jorge Lothário Meissner (prefeito)
Extensão: aproximadamente 8 quilômetros

Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, foi uma revolucionária brasileira, nascida na cidade de Laguna (SC), no dia 30 de agosto de 1821. Ela lutou tanto na Revolução Farroupilha quanto na Unificação Italiana, sendo, portanto, considerada uma heroína da Pátria no Brasil e na Itália. É chamada de “Heroína dos Dois Mundos".

Em 1839, na cidade de Laguna, antiga Província de Santa Catarina, Anita conheceu seu segundo marido, o italiano Giuseppe Garibaldi, que veio ao país para se juntar à Revolução Farroupilha. Também chamado de Guerra dos Farrapos, o movimento contrário ao Império teve início no Rio Grande do Sul, em 1835, e só terminou em 1845. Segundo as memórias de Giuseppe, ela pegou em armas e lutou corajosamente.

Em 1841, depois de Giuseppe Garibaldi ser dispensado do exército republicano, o casal transferiu-se para Montevidéu, no Uruguai, onde se envolveu na Guerra Civil. Em 1847, Anita e a família se estabeleceram na Itália, onde mais uma vez entraram em conflitos armados, agora pela independência do Reino de Sardenha do Império Austro-Húngaro e pela integridade da República de Roma, ameaçada pelos franceses. Em meio às disputas, ela ficou doente e faleceu em decorrência de malária, na Fattoria Guiccioli, em Mandriole, no dia 4 de agosto de 1849, aos 28 anos de idade.

O logradouro batizado em memória de Anita Garibaldi antes recebia o nome de avenida da Penitenciária. O pedido para homenagear a “Heroína dos Dois Mundos" partiu dos próprios moradores da região. Como as câmaras de vereadores e demais parlamentos brasileiros haviam sido dissolvidos por Getúlio Vargas, a denominação foi realizada por meio do decreto 42/1932, assinado pelo então prefeito Jorge Lothário Meissner, e não por lei municipal aprovada pelos vereadores.

Anne Frank

Logradouro: rua
Regional:
Boqueirão
Bairro: Boqueirão-Hauer
Lei ordinária: 2.252/1963 

Iniciativa:
Ivo Moro (vereador)
Extensão:
 aproximadamente 6,5 quilômetros 

Annelie Marie Frank, que entrou para a história com o nome de Anne Frank, foi uma adolescente alemã de origem judaica, nascida em Frankfurt, Prússia (atual Alemanha), no dia 12 de junho de 1929. Filha do casal Otto Heinrich Frank e Edith Hollander-Frank, tinha uma irmã mais nova, Margot Betti Frank. Otto era veterano da Primeira Guerra Mundial, promovido a tenente pela atuação no conflito. Em 1933, após a ascensão do Partido Nazista ao poder e a ocorrência de manifestações antissemitas massivas, a família optou pela emigração. Primeiramente, residiram na casa da mãe de Edith, Rosa Hollander, localizada em Aachen, e, posteriormente, com Otto recebendo uma proposta de empreendimento em Amsterdã, decidiram se mudar para os Países Baixos.

Na nova cidade, ambas as irmãs foram matriculadas em escolas, com Anne se mostrando uma boa aluna em história, apreciando ler e escrever. Em maio de 1940, a Alemanha Nazista invadiu os Países Baixos e deu início às perseguições aos judeus, implementando leis discriminatórias e segregatórias. Dois anos depois, a família decidiu se esconder em compartimentos secretos de um edifício comercial, junto a mais quatro amigos. Em 4 de agosto de 1944, o grupo foi traído e teve a localização revelada para a Gestapo, resultando na transferência para campos de concentração. Anne morreu em março de 1945, aos 15 anos. Ela tornou-se uma das figuras mais conhecidas da história por conta da publicação póstuma de suas memórias, “Diário de Anne Frank (1947)”. Até hoje, é símbolo mundial de resistência e das vítimas do Holocausto. 

Aretuza Machado de Andrade

Logradouro: rua
Regional: Tatuquara
Bairro: Campo de Santana
Lei ordinária: 9.764/1999
Iniciativa: Mauro Moraes (vereador)
Extensão: aproximadamente 2 quilômetros

Aretuza Machado de Andrade, filha de Antonio e Ana Frangullyz, nasceu no dia 5 de abril de 1927, em Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina. Foi esposa de João Machado de Andrade e da relação nasceram três filhos: Claudete, Vera Lucia e Célia. 

Aretuza era definida por todos que a conheciam como mãe e esposa exemplar. A sua dedicação, no entanto, ultrapassou as barreiras familiares. Com uma situação financeira simples, ela não fazia assistencialismo, mas estava sempre disposta a orientar aqueles que a procuravam, com base em sua experiência de vida. Ela faleceu na cidade de Curitiba, no dia 14 de outubro de 1995, aos 68 anos.


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B


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C

 

Celeste Tortato Gabardo

Logradouro: rua
Regional: Bairro Novo
Bairro: Sítio Cercado
Lei ordinária: 5.155/1975 
Iniciativa: Arlindo Ribas de Oliveira (vereador)
Extensão: aproximadamente 1,7 quilômetro

Darcy Sarmanho Vargas nasceu em 12 de dezembro de 1895, em São Borja, no Rio Grande do Sul. Filha de Antonio Sarmanho e Alzira Lima Sarmanho, casou-se com Getúlio Dornelles Vargas, em 1911. O casal teve cinco filhos: Lutero, Jandira, Alzira, Manoel e Getúlio. Ela foi a primeira-dama do país entre 1930 e 1945, período chamado de Era Vargas, e de 1950 a 1954. Chamada na imprensa da época de “anjo tutelar” e de “espírito da bondade”, Darcy é considerada a pioneira da participação das primeiras-damas na política.

Ainda no Rio Grande do Sul, organizou a Legião da Caridade, associação em que mulheres confeccionavam roupas para os revolucionários e organizavam a distribuição de alimentos às famílias daqueles que acompanharam Vargas na Revolução de 1930. Durante o período em que o marido esteve à frente da Presidência da República, seus trabalhos assistenciais se destacaram pela criação da Fundação Darcy Vargas, em 1938, direcionada ao apoio à infância e à juventude, e da Legião Brasileira de Assistência (LBA), em 1942, com o objetivo ajudar as famílias dos soldados enviados à Segunda Guerra Mundial. Darcy Vargas manteve os trabalhos de assistência social mesmo após a morte de Getúlio, dedicando-se, principalmente, às crianças e aos jovens em situação de vulnerabilidade. Ela faleceu em 25 de junho de 1968, aos 72 anos de idade, no Rio de Janeiro (RJ).

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D

Darcy Vargas 

Logradouro: rua
Regional:
Cidade Industrial (CIC)
Bairro:
Cidade Industrial (CIC)
Lei ordinária: 3.415/1968
 
Iniciativa: José Gorski (vereador)
Extensão:
aproximadamente 2 quilômetros

Filha de João Gabardo e Luiza Tortato, Celeste Tortato Gabardo nasceu no dia 2 de fevereiro de 1868 em Veneza, Itália. Inicialmente casada com Francisco Buso, ficou viúva e se mudou para o Brasil, em 1896, com o filho do casal, Antônio Buso. Em Curitiba, casou-se com João Batista Gabardo, em 1902. O casal contribuiu efetivamente para o desenvolvimento do Água Verde, a antiga Colônia Dantas, fundada por imigrantes italianos. Celeste e João foram responsáveis por arrecadar fundos para a construção de uma igreja no bairro. Parte de sua vida foi dedicada a instituições filantrópicas, sendo uma das pioneiras da capital, principalmente do bairro Água Verde. Celeste faleceu no dia 16 de janeiro de 1950, em Curitiba.

Daisy Luci Berno

Logradouro: rua
Regional: 
Fazendinha/Portão
Bairro: Parolin

Lei ordinária: 8.073/1992 

Iniciativa: Horácio Rodrigues (vereador)
Extensão:
aproximadamente 3 quilômetros

Filha do casal Antenor Virmond e Olivia Berno, Daisy Luci Berno nasceu no dia 6 de julho de 1952, em Curitiba (PR). Formou-se em Enfermagem na Faculdade de Enfermagem Madre Leonie, depois incorporada à Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Daisy começou a exercer a profissão em clínicas particulares, em 1975. Em setembro do mesmo ano, começou a prestar serviços ao Centro de Reabilitação Profissional do extinto Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), órgão que, em 1990, foi substituído pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Durante a trajetória profissional, a curitibana participou de diversos encontros e congressos de Enfermagem com o objetivo de aperfeiçoar suas habilidades e atender melhor os pacientes. Daisy faleceu no dia 8 de abril de 1992, aos 40 anos de idade, na cidade de Curitiba.

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E

 

 

F

Fátima Bark

Logradouro: rua
Regional: Pinheirinho
Bairro: Capão Raso
Lei ordinária: 4.096/1971
Iniciativa: Adalberto Daros (vereador)
Extensão: aproximadamente 2,6 quilômetros

Fátima Bark nasceu no dia 9 de março de 1890 em Gbail, no Líbano, e veio para Curitiba em meados da década de 1940. Ela se tornou conhecida na capital paranaense pelos trabalhos na área da assistência social, dedicando sua vida ao auxílio daqueles que mais precisavam, e adquiriu o respeito da comunidade. Pelo destaque na filantropia, foi escolhida para ser a patronesse do Centro Pontagrossense de Curitiba (CPC), um antigo clube social da cidade, já extinto. Fátima Bark faleceu na própria capital, aos 77 anos de idade, em 17 de fevereiro de 1967, deixando um legado de empatia e esperança. A homenagem com uma rua em seu nome foi realizada em 1971.

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G


Glória Regina Chaiber

Logradouro: rua
Regional: Santa Felicidade
Bairro: São Braz
Lei ordinária: 7.332/1989 
Iniciativa: Horácio Rodrigues (vereador)
Extensão: aproximadamente 26 metros

Filha de João Chaiber e de Zuleika Zimmermann Chaiber, Glória Regina Chaiber nasceu em Curitiba, no dia 17 de maio de 1956. Ela se destacou pelo trabalho como auxiliar de contabilidade da extinta Fundação Caetano Munhoz da Rocha, ligada à Secretaria de Estado de Saúde (Sesa).

Glória também participou de diversas congregações religiosas da capital do Paraná. Ela faleceu precocemente, aos 24 anos, em 29 de agosto de 1980.


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I

 

Irmã Lucila Buss

Logradouro: rua
Regional:
Cajuru
Bairro:
Cajuru
Lei ordinária: 11.883/2006  

Iniciativa: Tito Zeglin (vereador)
Extensão:
aproximadamente 24 metros

A Irmã Lucila Buss nasceu no dia 8 de junho de 1922, em Imaruí (SC), recebendo o nome de Maria Buss. Foi a quarta dos 11 filhos do casal Augusto Buss e Elisabetha Kurz, lavradores de origem alemã. Ao escrever suas recordações, ela colocou que, desde criança, sentia uma forte inclinação para a religiosidade. Em 1938, aos 16 anos de idade, Maria Buss deixou a família em sua cidade natal e ingressou no Convento das Irmãs Franciscanas, em Angelina (SC). Em 1939, foi admitida ao noviciado, recebendo o hábito e o nome de Irmã Lucila Buss. Em 1941, foi consagrada com votos de pobreza, castidade e obediência. Em 1948, por fim, fez seus votos perpétuos.

Irmã Lucila dedicou a vida aos cuidados com os doentes e às pessoas em situação de vulnerabilidade social. Até seus últimos dias, atuou no antigo Leprosário São Roque, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde se dedicou tanto ao cuidado aos pacientes como à arrecadação de doações. Com o nome de Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, a instituição, hoje, pertence ao Governo do Estado. Reconhecida como "A Mãe dos Pobres", também deixou sua marca como uma mulher alegre, feliz, dedicada e generosa. A Irmã Lucila Buss faleceu no dia 7 de maio de 2004. Ela viveu até os 82 anos, 63 deles dedicados à vida religiosa.

Izelite Sardenberg Bassetti

Logradouro: travessa
Regional: Bairro Novo
Bairro: Sítio Cercado
Lei ordinária: 12.922/2008 
Iniciativa: Nely Almeida (vereadora)
Extensão: aproximadamente 30 metros

Izelite Sardenberg Bassetti, nascida em Curitiba, em novembro de 1911, foi uma educadora de renome na região. Desde a infância mostrou facilidade para o ensino, tendo seguido o magistério e se formado pelo Instituto de Educação do Paraná. Ela se dedicou à alfabetização, sendo pioneira das Filhas de Maria e colaboradora da Pia União de Santo Antônio, ajudando ambas as congregações.

Durante toda a sua vida, defendeu a importância do voto consciente. Izelite também se dedicou à criação de suas quatro filhas, frutos do casamento com o médico e professor Altivir Bassetti. Faleceu aos 96 anos, em abril de 2008. 


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J



 

L



Leony Margarida Machado

Logradouro: rua
Regional:
Boa Vista
Bairro: Bacacheri
Lei ordinária: 6.097/1979 

Iniciativa:
Cleiton Caldeira (vereador)
Extensão:
 aproximadamente 26 metros

Leony Margarida Machado nasceu no dia 17 de maio de 1937, em Curitiba. Casada com Adelmar Machado, funcionário público estadual, deu à luz dois filhos, Eunice Maria e Evaristo Ricardo Machado. Além de mãe e esposa dedicada, destacou-se pelo trabalho comunitário, prestando à vizinhança não só auxílio material, mas também amparo emocional e espiritual. Leony faleceu na cidade de Curitiba, em 14 de setembro de 1971. A pedido de sua filha, Eunice, foi homenageada pelo vereador Cleiton Caldeira, que indicou seu nome para eternizar a rua sem saída em que residiam sua família e amigos.

Leonora Corrêa Skarpec

Logradouro: rua
Regional:
Boqueirão
Bairro: Xaxim
Lei ordinária: 12.209/2007 

Iniciativa:
Pedro Paulo (vereador)
Extensão:
 aproximadamente 37 metros

Leonora Corrêa Skrepec nasceu no dia 12 de outubro de 1928, em Iraputã (SC). Esposa de Antônio Skrepec, foi mãe de 11 filhos. No ano de 1965, a família mudou-se para Curitiba e foi umas das pioneiras do bairro Pinheirinho. Durante vários anos, Leonora trabalhou como zeladora da Paróquia e Santuário Nossa Senhora do Sagrado Coração, no Pinheirinho, da qual também era frequentadora. Devota de Nossa Senhora Aparecida, era conhecida por ser paciente, mas firme em suas convicções, trabalhadora e de grande religiosidade. Em 1980, ficou viúva e passou a atuar como vendedora de produtos cosméticos da empresa Avon, ocupando a atividade até o fim de sua vida. Leonora faleceu em Curitiba, no dia 2 de janeiro de 2005, aos 77 anos.

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M


Maria Aparecida Cardoso da Silva

Logradouro: rua
Regional: Fazendinha/Portão
Bairro: Portão e Novo Mundo
Lei ordinária: 12.703/2008
Iniciativa: Custódio da Silva (vereador)
Extensão: aproximadamente 23 metros

Maria Aparecida Cardoso da Silva nasceu no dia 21 de março de 1950, na cidade de Salto do Itararé, norte pioneiro do Paraná. Filha de Sebastião Miguel Cardoso e Rosalina de Jesus Cardoso, foi casada com João Clemente da Silva. O casal teve cinco filhos: Selva, Marcia, Solange, Adriano e Rosangela.

Moradora do bairro Fazendinha, em Curitiba, a dona de casa era querida pela comunidade local pela ajuda aos mais necessitados. Dona Maria, apelido pelo qual era conhecida, viveu até os 57 anos, falecendo no dia 21 de março de 2007, em decorrência de um câncer de colo do útero.

A homenagem póstuma foi proposta, em maio de 2007, pelo então vereador Custódio da Silva. Em abril do ano seguinte, recebeu a aprovação em plenário, na Câmara de Curitiba, e se tornou a lei municipal 12.703/2008.

Maria do Cavaquinho 

Logradouro: rua
Regional: Tatuquara
Bairro: Campo de Santana
Lei ordinária: 10.224/2001 
Iniciativa: Mario Celso Cunha (vereador)
Extensão: aproximadamente 40 metros 

Maria do Cavaquinho faz parte da cultura da cidade de Curitiba. Diziam que veio do interior do estado, mas seu verdadeiro nome e a data de nascimento ninguém sabe. O fato é que Dona Maria, como também era chamada, começou a circular pelas ruas do Centro na década de 1950 e logo tornou-se uma das figuras folclóricas da cidade.

Com roupas coloridas e o cavaco sob o braço (instrumento que rendeu a ela o apelido com o qual batizou uma rua da capital paranaense), a mulher de baixa estatura espalhava suas melodias e brincadeiras em troca de gorjetas. Circulava, principalmente, nas imediações da travessa Oliveira Bello e da Boca Maldita.

Mesmo antes de o trecho da Rua XV de Novembro ser fechado para pedestres, em 1972, Maria do Cavaquinho já o fazia: “Estimulada por estudantes, ela se deitava na rua XV e impedia a passagem dos carros, naquele tempo em dois sentidos”, publicou o jornalista Luiz Geraldo Mazza (1931-2024), em coluna do jornal “Correio de Notícias”, em 1987.

A artista de rua fez das ruas de Curitiba seu palco e seu lar. Sem residência fixa, foi enviada, mais de uma vez, a instituições que abrigavam pessoas idosas. Quando sumia das ruas, logo surgiam rumores de que teria morrido. No começo da década de 1980, foi encaminhada para o Asilo São Vicente de Paulo, na Lapa, onde viveu até o fim de seus dias. A data de sua morte é incerta.

Maria Milchin

Logradouro: travessa
Regional: Cidade Industrial (CIC)
Bairro: Cidade Industrial (CIC)
Lei ordinária: 9.124/1997  
Iniciativa: Mario Celso Cunha (vereador)
Extensão: aproximadamente 30 metros

Maria Milchin nasceu em 8 de outubro de 1910, na cidade de Samara, na Rússia. Imigrou para o Brasil em 1912, quando tinha 2 anos de idade. Um surto de sarampo se abateu sobre o navio que transportava Maria e sua família. Ela resistiu à doença, mas o irmão não se salvou. Maria e o restante da família fixaram residência em Curitiba, no bairro Rebouças. Aos 23 anos, ela se casou com o viúvo Adão Milchin, com quem se mudou para a cidade de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, onde ele e os cinco filhos moravam.  Por coincidência, Adão e Maria vieram para o Brasil no mesmo ano: ela com 2 anos de idade, e ele com 25 e casado.

Em Ponta Grossa, Maria dividia o tempo entre ajudar Adão no comércio de sua propriedade e cuidar dos enteados. Aos 24 anos, deu à luz a primeira filha do casal, Leoni. Posteriormente, eles venderam o estabelecimento e fixaram residência em Curitiba, na rua 24 de Maio, onde abriram um novo armazém. Na capital, a família se mudou para diferentes locais. Durante o período em que estiveram na rua Brasílio Itiberê, nasceu outro filho do casal, Adão. Com o marido já aposentado, Maria começou a trabalhar como diarista e ainda cuidava da criação de animais que detinham no fundo do terreno em que residiam. Neste local, também nasceu a última filha do casal, Célia. Aos 55 anos, Maria Milchin ficou viúva e, mesmo apresentando problemas de saúde, ajudou na criação dos netos. Ela faleceu no dia 4 de julho de 1996, com 85 anos, em decorrência de um derrame.


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N



 

O



 

P

 

Professora Olga Balster

Logradouro: rua
Regional:
Cajuru
Bairro:
Cajuru-Capão da Imbuia 
Lei ordinária: 1.215/1955 

Iniciativa: Eladio Prados (vereador)
Extensão:
aproximadamente 2,8 quilômetros

Olga Pamphilo da Silva Balster, nascida no dia 31 de janeiro de 1893, em Antonina, litoral do Paraná, foi uma educadora de grande influência. Apelidada de “Maria Montessori do Paraná", começou a carreira no magistério em sua cidade natal. No fim da década de 1910, Olga se mudou para Curitiba, onde lecionou e dirigiu diversas instituições, como o Grupo Professor Brandão. Em 1934, durante a primeira assembleia da Associação dos Professores do Paraná, Olga Balster defendeu a criação da Casa do Professor Primário. “Sem nossa Casa, nunca haverá união e coesão da nossa classe tão sacrificada!”, conclamou a “Maria Montessori do Paraná", conforme registros de jornais daquele período. A entidade seria fundada, finalmente, em 1938.

Em 1948, despediu-se das salas de aula. Além do destaque no magistério, Olga Balster foi, em 1946, a primeira dirigente do Departamento Feminino do diretório local do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Ela chegou a disputar uma vaga na Câmara Municipal de Curitiba, pelo PTB, nas eleições de 1947. Naquele ano, a cidade elegeu sua primeira vereadora, a também professora Maria Olympia Carneiro Mochel. Casada com Lee Ernest Balster
, funcionário da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina, Olga faleceu no dia 25 de junho de 1955, aos 62 anos, em Curitiba. O logradouro que leva seu nome era a antiga rua nº 1, da planta nº 5, do bairro Cajuru.

Princesa Izabel

Logradouro: alameda
Regional:
Matriz
Bairro: 
Centro
Lei ordinária:
1.666/1958 
Iniciativa: Elias Karam (vereador)
Extensão:
aproximadamente 3,6 quilômetros

Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaéla Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon foi a primeira filha do imperador D. Pedro II e de Teresa Cristina. Nasceu no Rio de Janeiro, no Palácio de São Cristóvão, também chamado de Quinta da Boa Vista, em 29 de julho de 1846. Desde muito nova, foi educada pelos mesmos mestres e preceptores que seu pai, tendo por vezes ele próprio sido seu professor, além da condessa de Barral, Luísa Margarida Portugal de Barros, que teve papel relevante em sua formação e na de sua irmã, a princesa Leopoldina.

Após a morte de seus dois irmãos, D. Afonso Pedro, em 1847, e D. Pedro Afonso, em 1850, foi oficialmente declarada herdeira do trono brasileiro, em 10 de agosto de 1850. Com isso, nas ausências do imperador, assumiu como regente por três vezes, sendo que, em sua primeira regência, aprovou a Lei do Ventre Livre, segundo a qual todas as crianças filhas de escravizados, nascidas a partir de 28 de setembro de 1871, seriam livres. Esse seria seu primeiro passo em prol da abolição da escravatura. Em novembro de 1884, a princesa, o marido, Conde d'Eu, e os três filhos do casal, Pedro, Luis e Antônio, desembarcaram em Curitiba, com a cidade em festa.
A família real faria a primeira viagem oficial da ferrovia que liga a capital a Paranaguá, mas as obras atrasaram, e a grande inauguração foi realizada somente no dia 1º de fevereiro de 1885.

Em sua terceira regência, entre 1887 e 1888, quando a campanha abolicionista ganhou força no país, a princesa assinou, por fim, no dia 13 de maio de 1888, a Lei Áurea, que aboliu a escravatura. Devido à crise política que levou à queda da Monarquia e ao início da República, foi banida do Brasil, junto à família imperial. A Princesa Isabel fixou residência na França, onde faleceu, no castelo da família de seu marido, o Conde d’Eu, em 14 de novembro de 1921.

Paulina Taborda Ribas de Camargo

Logradouro: rua
Regional:
Matriz
Bairro:
Alto da XV
Lei ordinária: 8.297/1993

Iniciativa: Nely Almeida (vereadora)
Extensão:
 aproximadamente 70 metros

Paulina Taborda Ribas de Camargo nasceu em 28 de junho de 1902, em Curitiba. Filha de Magdalena Lycia do Brasil Taborda Ribas e de Joaquim Ignácio Brasil Taborda Ribas, foi uma artista da capital paranaense, dedicando-se à pintura e à literatura. Sua formação artística foi realizada na antiga Escola de Pintura da Casa Alfredo Andersen, sob a regência do professor Thorsten Andersen, somada a cursos de aperfeiçoamento na Itália. Como pintora, ganhou prêmios e expôs suas obras tanto nacional quanto internacionalmente.

Como escritora, publicou quatro livros.
Em 1975, foi eleita à cadeira número sete da Academia Feminina de Letras do Paraná. Foi filiada, também, a outras instituições, estaduais e internacionais, como ao Centro Paranaense Feminino de Cultura, à Academia de Letras Jośe de Alencar, à União Brasileira de Trovadores, à Internacional Americana e à Internacional Lutéce. Paulina foi uma das responsáveis pela oficialização do Museu Casa Alfredo Andersen. Além da dedicação à cultura de Curitiba, buscou ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade. Casada com o engenheiro agrônomo David de Souza Camargo, com quem teve quatro filhos, Jairo, Stael, Paulo de Tarso e Cecília, ficou viúva aos 56 anos. Ela faleceu no dia 24 de novembro de 1992, aos 90 anos de idade.

 

R

 

 

 

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V



 

Vanessa Natel de Camargo 

Logradouro: rua
Regional:
Pinheirinho
Bairro:
Novo Mundo
Lei ordinária: 7.332/1989 

Iniciativa: Marcos Isfer (vereador)
Extensão:
 aproximadamente 32 metros

Filha de Armando Salles Natel de Camargo e Ivete Scorssatto Natel de Camargo, era uma jovem dedicada e afetuosa à família. Desde muito nova, fazia trabalhos voltados para a caridade, trazendo orgulho a seus pais. Vanessa ajudava as pessoas em situação de vulnerabilidade, em especial as crianças recém-nascidas do bairro Santa Quitéria. 
Ela teve uma morte prematura, no dia 28 de fevereiro de 1989, aos 17 anos de idade, em decorrência de um câncer.

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Z




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W

 

Wanda Wolf

Logradouro: rua
Regional: Santa Felicidade
Bairro:
Santa Felicidade
Lei ordinária:
5.401/1976 
Iniciativa: Arlindo Ribas de Oliveira (vereador)
Extensão:
aproximadamente 1,6 quilômetro

Wanda Ludovica Witoslawska Wolf nasceu na cidade de Varsóvia, capital da Polônia, no dia 18 de janeiro de 1893. Ela chegou ao Brasil quando ainda era criança. Sua família se estabeleceu no Paraná, onde passou a se dedicar às atividades agrícolas e comerciais. Naturalizando-se brasileira, casou-se com Fredolin Wolf, um dos pioneiros da indústria madeireira e de olaria de Curitiba. O casal teve 11 filhos. Ela faleceu no dia 1º de maio de 1948, aos 55 anos de idade. A área onde se situa a rua Wanda Wolf havia pertencido a sua família.

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